Policiais venezuelanos entraram nesta quarta-feira, 18, na sede do jornal El Nacional para recolher dados sobre a foto de cadáveres do necrotério de Caracas publicada na capa da edição de 13 de agosto e objeto de uma investigação.
Segundo o site do jornal, policiais judiciais acompanhados de representantes da Promotoria chegaram à sede do veículo para "cumprir a investigação da Promotoria contra o jornal após a publicação de uma foto de fatos".
Os policiais, diz o El Nacional, pediram o arquivo digital da foto, interrogaram o chefe do departamento de fotografia e levaram um exemplar da edição de 13 de agosto.
Um representante do diário relacionou a visita policial com a divergência existente sobre quando a foto foi tirada, já que o jornal sustenta que foi em 29 de dezembro de 2009 - a polícia crê que foi em 2006.
A publicação da foto, que mostra corpos nus e ensanguentados em macas e no chão do necrotério, fez com que a Sala 12 do Tribunal de Proteção de Crianças e Adolescentes de Caracas proibisse ontem a reprodução de imagens similares.
A decisão do tribunal foi amplamente criticada por associações jornalísticas e por representantes da oposição venezuelana, que a consideraram como um ataque à liberdade de expressão.
A edição de hoje do El Nacional apareceu com a palavra "censura" nos espaços onde habitualmente se publicam notícias sobre crimes.
A proibição, que foi classificada pelo tribunal como "medida preventiva" e será aplicada "até que se decida o fundo da presente "Ação de Proteção", não afeta só o El Nacional, mas também o jornal Tal Cual, que reproduziu a mesma foto um dia depois.
Os dois jornais são críticos ao governo, e usaram a imagem polêmica para ilustrar uma reportagem sobre o aumento da criminalidade na Venezuela.
O índice de criminalidade no país se torna cada vez mais alarmante. De acordo com cifras oficiais, ocorreram 12.257 homicídios nos primeiros onze meses de 2009, colocando a Venezuela entre os países mais violentos da América Latina. Do site do Estadão
A foto acima dos cadáveres é do El Nacional e foi reproduzida no portal do Estadão
7 comentários:
Espalhem pela internet esse texto. Vou enviar a amigos.
Amorim, e por falar em censura, domingo vai haver um protesto no Rio contra a censura do humor no radio e tvs de candidatos na eleicao, censurado pelo TSE-
Alô Aluizio
Até que não tem tantas mortes em Caracas.
São em MÉDIA UNS DEZ POR DIA assassinados.
tranquilo
abraços
karlos
Agora os Venezuelanos só poderão tirar o ditador na força. Conseguirão, talvez em breve.
Aqueles que escolhem implantar uma ditadura tem que ter a noção de que é um caminho sem volta.
Cararcas, ninguém faz nada?
Caracas, o lula ainda fala que o chaves é democrata,
Caracas, esse é o amiguino da dilma do lula e do pt?
Caracas, e os jornalistazinhos borra botas do Brasil querem isso p Nós?
Caracas, vou para com esse negócio de Caracas...
Aluizio veja isto
http://libertatum.blogspot.com/2010/08/psuv-vai-de-casa-em-casa-para-ameacar.html
Aluízio,
Aí eu me pergunto: Até que ponto é aceitável que se mostre CADÁVERES nos jornais, revistas e TV? Aqui na BA tem programa q se presta a este tipo de papel. Com a diferença q os cadáveres aparecem com imagem distorcida, não com fotos nítidas como essas aí. O q e´inquestionável é o direito de noticiar o que se quer noticiar - embora as TVs e imprensa em geral tenham se tornado mensageiros de tragédias, a grande maioria das notícias de imprensa gira em torno de acidentes, mortes, assassinatos e coisital. Infelizmente, tenho de admitir. Eis um ponto. Um outro ponto é proibir NOTÍCIAS sobre violência. Aí a coisa fica complicada, e, diferentemente de se coibir exageros, está se colocando um controle também exagerado e repressor da liberdade de imprensa.
OBS: Longe de mim ser "petralha".
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