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sexta-feira, novembro 12, 2010

FRAUDE DO PANAMERICANO: AS PERGUNTAS QUE CONTINUAM SEM RESPOSTA. MUITO MISTÉRIO.

A fraude bilionária no Banco Panamericano, do Grupo Silvio Santos, levanta inúmeras dúvidas. Já se sabe que o banco inflava seus balanços há quatro anos, porque continuava contabilizando carteiras de créditos que haviam sido vendidas a outros bancos como parte de seu patrimônio.

Mas ainda não se sabe por que irregularidades tão grandes só foram descobertas há seis semanas pelo Banco Central e passaram pelo crivo de tantas instituições especializadas em descobrir inconsistências contábeis no ano passado, quando a Caixa Econômica Federal comprou 49% do capital votante do Panamericano, assumindo 35,54% do capital total. A história ainda está muito mal contada.

Como essas fraudes passaram pelo crivo de quatro auditorias diferentes e do Banco Central na época em que Caixa fez a decisão de investimento no banco, já que aconteciam há pelo menos quatro anos?

Os dados internos do Panamericano eram auditados pela Deloitte. A KPMG, o Banco Fator e a BDO analisaram as contas do banco durante a operação de venda de participação para a Caixa. Nenhuma delas identificou as inconsistências contábeis. A operação de compra iniciada em 2009 só foi concretizada em julho deste ano após a aprovação do Banco Central.

Houve desvio de dinheiro? Se sim, quem se beneficiou dessas fraudes?


Ainda não se comprovou se as fraudes visavam desviar dinheiro da instituição financeira para outros fins.


Sílvio Santos conversou com Lula sobre o caso?

O apresentador se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 22 de setembro no Palácio do Planalto, com o objetivo de pedir uma doação de Lula ao Teleton, programa de televisão que arrecada dinheiro de empresas e pessoas físicas para a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). Há especulações de que tenham conversado sobre a liberação de recursos do Fundo Garantidor de Crédito para cobrir o rombo no banco Panamericano. Lula nega.

Por que as irregularidades foram reveladas apenas depois das eleições se o Banco Central já as havia detectado desde agosto?


Em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira, o diretor de fiscalização do Banco Central, Alvir Hoffmann, e o procurador-geral, Isaac Ferreira, esclareceram que a atuação do BC ocorreu há seis semanas, assim que as irregularidades foram detectadas - com base no balanço do segundo semestre de 2010 divulgado pelo banco Panamericano no início de agosto. Mas a história só ficou conhecida pelo público nesta última terça-feira.

 
De quem é a responsabilidade de cruzar dados entre bancos?
O Banco Central descobriu as irregularidades fazendo uma “auditoria circular” no sistema financeiro, que consiste em cruzar dados de compra e venda de carteiras de todos os bancos. Essa fiscalização, segundo o BC, não é rotineira. A instituição diz que era obrigação da auditoria do Panamericano, a Deloitte, comunicar-se com os bancos que compraram as carteiras para averiguar a consistência dos dados, um procedimento denominado “circularização”. No entanto, especialistas dizem que executar essa operação regularmente é responsabilidade do Banco Central. Do portal da revista Veja 

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6 comentários:

El Príncipe Da Treta disse...

Com certeza isso é apenas o começo, pois os grandes bancos do brasil devem tbm estar na mesma linha, vem quebradeira séria neste páis.

ÁLVARO JUNQUEIRA disse...

Esse assunto do Silvio Santos, e agora a possiblidade do SBTX, do Eike Batista, me fizeram lembrar da entrevista do Zé Dirceu no Roda Viva.
Fiz questão de reproduzir o trecho que achei bem revelador:
Paulo Moreira Leite: "Vocês dizem: a imprensa precisa ser mais plural. Por que é que não tem? Por que não faz um jornal diferente? Por que não fazem revistas diferentes? O que é que impede?".
José Dirceu (com aquele típico sorriso irônico e superior de quem sabe muito, não abre o jogo e desdenha da ignorância dos interlocutores: "Vão surgir, não se preocupe não, vão surgir... Precisa unir interesses, articular interesses".

Anônimo disse...

Esperar o que desta bandalha instalada no poder. Isto é intriga da oposição.

Escatopholes disse...

Esses banquinhos são todos assim. Só o BC não sabe disso.
Lembram do Banco Santos? Alguns meses antes da falência, foi publicada na revista Veja uma longa e extensa reportagem mostrando o dito banco como sendo o "milagre bancário do sistema brasileiro". E assim são muitos, vão enganando e desviando dinheiro. Quando quebram não tem mais nada porque tudo já foi devidamente escondido em algum lugar seguro.

Outro que não é banco mas não me engana é o Batista!!! Quero ver quem irá pagar a conta desse segundo Naji Nahas!!!

Anônimo disse...

OLHA O DEM ACERTANDO NA MOSCA HÁ UM ANO ATRAS :
PRESIDENTE DO DEM HAVIA DENUNCIADO OPERAÇÃO CEF-PANAMERICANO HÁ UM ANO!

Trechos do artigo do Presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia, no Globo de 29/11/2009.

1. Em janeiro passado, registrei no GLOBO um "negócio estranho" - a compra de 49,9% do Banco Votorantim pelo Banco do Brasil. Agora, a Caixa Econômica apresenta seu "negócio estranho-2", série de operações em que o governo Lula aplica o paradoxal modelo petista de ocupação do Estado: grupos privilegiados do setor privado ficam com os lucros e o governo assume os prejuízos. Se a transação for confirmada, desta vez empregará R$ 750 milhões (que podem chegar a R$ 800 milhões, segundo a agência Reuters) na aquisição de uma parte do Banco Panamericano, que já cedeu à própria Caixa mais de um terço da sua carteira, numa evidente operação de socorro.

2. Então, de repente, esse mesmo Banco Panamericano passará da condição de instituição debilitada e, portanto, socorrida, a sócio ultravalorizado da Caixa. Sim, porque não haverá uma aquisição de ativos por seu valor de mercado, nem ao menos uma operação de socorro pública e clara, mas um negócio em que o governo, como sempre sem transparência, assume os riscos, e os controladores não apenas preservam seus interesses como ainda se tornam sócios da Caixa Econômica Federal. É uma operação com grau de subjetividade inaceitável na gestão pública: aventuras fazem parte do repertório de riscos e operações atípicas praticadas no mundo empresarial em busca do lucro, mas vedadas pela lei e condenadas moralmente com recursos do governo.
CONTINUA... EX BLOG do CESAR MAIA

Anônimo disse...

OLHA O DEM ACERTANDO NA MOSCA HÁ UM ANO ATRAS :
PRESIDENTE DO DEM HAVIA DENUNCIADO OPERAÇÃO CEF-PANAMERICANO HÁ UM ANO!

Trechos do artigo do Presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia, no Globo de 29/11/2009.
CONTINUAÇÃO

3. Torna-se indispensável, portanto, a abertura de um debate no Congresso, uma investigação sobre todas as implicações dessa operação. Sem desprezo pela análise da moralidade e oportunidade da operação, o Congresso deve esclarecer a sociedade sobre se, por exemplo, não está caracterizado desvio de objetivos da Caixa Econômica. Como o foco da Caixa não é o crédito pessoal, a oposição não pode deixar de avaliar em profundidade essa operação e, até, questioná-la judicialmente. Uma instituição com importantes e decisivas responsabilidades na área do desenvolvimento social (podem-se descartar a prioridade e a ordem de grandeza do financiamento da habitação?) cometeria assim uma temeridade desviando-se de suas atividades fins.

4. Como todas essas informações são públicas - ou seja, não são boatos nem circulam nos bastidores, já estão na imprensa -, o governo não pode se eximir de explicá-las. Muito menos o Congresso pode se demitir da apuração de tudo. E nem a Justiça de ser acionada. EX BLOG do CESAR MAIA