Zuloaga, da Globovisión, perseguido por Chávez |
Durante o 24º Fórum da Liberdade, que aconteceu na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), nesta terça-feira em Porto Alegre, Guillermo Zuloaga, presidente e acionista majoritário da Globovisión, canal de TV venezuelano cesurado pelo governo do presidente Hugo Chávez, disse que o prêmio de liberdade de imprensa dado a Chávez pelo governo argentino, é o mesmo que dar o premio Nobel ao ditador líbio Muammar Kadafi.
Para ele, a proximidade da Argentina com a Venezuela tem explicação econômica, já que o governo venezuelano ajudou Cristina Kirchner. "A Argentina passou por dificuldades, e o governo venezuelano comprou bônus do governo deles", explicou.
Zuloaga falou sobre as diversas medidas de censura aplicadas pelo governo venezuelano contra os meios de comunicação. "Viver na Venezuela não é fácil porque a liberdade de expressão está passando por momentos difíceis". Ele diz que outros países como a Bolívia e Equador caminham na mesma direção de Chávez em relação à censura dos meios de comunicação.
O presidente da Globovisión afirmou que as medidas de cerceamento de liberdade de expressão protagonizadas por Chávez são tomadas com o apoio do Legislativo e do Judiciário. "Toda manifestação contra funcionário público é considerada ofensa grave e paga com prisão de pelos menos seis meses. Especialistas consideram que Chávez usa o direito penal como arma de intimidação". Segundo ele, mais de 800 jornalistas foram atacados na Venezuela em 2010.
Para o jornalista Merval Pereira, que também participou da discussão, a situação na Venezuela não deve se repetir no Brasil. "Apesar do governo ter, em teoria, 70% de apoio no Congresso, na prática, não tem apoio para mudanças que ameacem a democracia", disse. Para ele, a base do governo é tão heterogênea que não seria possível colocar em risco as liberdades de expressão no Brasil.
Pereira afirmou que o plano que iria discutir a "democratização da comunicação", anunciado como prioridade por Dilma, antes de assumir o governo, acabou sendo colocado de lado. "Dilma assumiu como prioridade a democratização da comunicação, mas passou o plano para o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que disse que ainda vai debater muito o assunto, revendo a Legislação vigente".
Novas ferramentas
Ao falar sobre as novas formas de comunicação nascidas na internet, como blogs, e redes sociais como o Twitter, o jornalista disse que, diferente do que se pensa, as novas mídias e a internet não vão acabar com a mídia tradicional de rádio, jornal e TV. "O jornalismo depende da credibilidade de quem faz as notícias. As pessoas têm dificuldade de separar opinião pessoal de informação, as empresas de comunicação consolidadas fornecem informações criveis, checadas", disse.
Para ele, as ferramentas com o Twitter servem como forma de comunicação para a população, e exemplificou o fenômeno ao falar sobre a mobilização organizadas pelos manifestantes nos protestos ocorridos na Líbia, Egito e Irã. No entanto, Pereira diz que muita boataria acaba sendo divulgada. "As redes sociais são um meio de divulgar boatos, bem maior que o boca-a-boca". Do portal TerraAo falar sobre as novas formas de comunicação nascidas na internet, como blogs, e redes sociais como o Twitter, o jornalista disse que, diferente do que se pensa, as novas mídias e a internet não vão acabar com a mídia tradicional de rádio, jornal e TV. "O jornalismo depende da credibilidade de quem faz as notícias. As pessoas têm dificuldade de separar opinião pessoal de informação, as empresas de comunicação consolidadas fornecem informações criveis, checadas", disse.
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Um comentário:
Então já entendi,
é uma Merda!!!
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