Esta notícia mostra que Kassab não é um sujeito muito versado em política. A política é dinâmica e o quadro de luta pelo poder e sua manutenção sofre a intervenção de inúmeras variáveis imprevisíveis. É o que se vê no Brasil neste momento. Esta realidade política tem um viés pedagógico, ou seja, a sobrevivência de um político ou de um partido político têm que obedecer a um padrão, por mínimo que seja, de coerência. Outro dado que não pode ser descurado é o fato de que um político e um partido político obrigatoriamente têm de assumir posição muito definida no espectro ideológico.
Transcrevo matéria que está no site da revista Veja comprovando que Kassab imagina que possa lograr sucesso um partido camaleão. Chega a ser engraçado, se não fosse trágica a forma pela qual os políticos brasileiros pensam a respeito da política. O caso da formação do PSD é um fato concreto que ilustra o que acabei de afirmar. Leiam:
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, quer se desvincular da crise política do governo no Congresso Nacional. Segundo ele, o PSD não vai substituir o PR nem qualquer outro partido da base que decida romper com o governo. Kassab é um político de fases. Uma hora ele diz que o PSD será aliado da presidente Dilma Rousseff. Depois afirma que o partido não é nem de direita, nem de centro, nem de esquerda. Agora, voltou a dizer que o partido será “independente” no Congresso. Com a sucessão de escândalos que assolam o governo, a crise na articulação política e a "faxina" realizada em órgãos comandados por PR e PMDB, o prefeito está mais convicto do que nunca de que essa postura separatista é a melhor a ser adotada.
“Não sou da base, continuarei independente. O PSD estará a favor dos projetos compatíveis com nossas convicções. Mas os deputados que estão na base poderão continuar na base”, disse. O prefeito negou que aproveitará a insatisfação dos aliados para tentar convencê-los a se filiar ao PSD. "Não permitiremos que sejamos resultado de insatisfações partidárias por conta de relações de governo. Não quero que se crie a confusão de que surge um partido para substituir algum outro".
PSD- A presidente Dilma prometeu receber os presidentes estaduais do PSD na próxima quinta-feira. O governo, que anda em crise com sua base no Congresso, vê no partido uma forma de recuperar a debandada de parlamentares que adotaram postura independente do governo, principalmente os do PR.
Kassab, aliás, também enfrenta problemas de dispersão: vereadores paulistas que deixaram o PSDB resolveram não se filiar ao PSD e, sim, a outros partidos. “Não tinha encaminhamento para que eles fossem ao PSD”, disse o prefeito.
Dívidas – Kassab foi ao Planalto pedir a redução de 9% para 6% nos juros das dívidas da prefeitura com a União. A prefeitura deve 46 bilhões de reais ao Erário. Do site da revista VejaCLIQUE E SIGA ---> BLOG DO ALUÍZIO AMORIM NO TWITTER
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