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terça-feira, novembro 01, 2011

CINISMO E FALÊNCIA DA CRÍTICA: UM PAÍS DE IDIOTAS E PERVERSOS!


Este vídeo reproduz gravação de entrevista do professor da USP, Vladmir Safatle, que também escreve na Folha de São Paulo. Na edição desta terça-feira, seu artigo versa sobre o episódio que envolve a reação de estudantes à ação da polícia no campus da USP que, como todos sabem, vive assediada pelos traficantes de drogas.
 
Não será preciso mais do que este vídeo e a íntegra do artigo que Safatle escreve na Folha desta terça-feira para que se possa entender porque o Brasil é um país dos mais atrasados do planeta.

 
E por falar em USP relembro um fato que jamais esqueço. Lá por volta de 1995, quando cursava o Mestrado em Direito na UFSC, fui a São Paulo para pesquisas nas bibliotecas da Faculdade de Direito e das Ciências Sociais da USP. No velho prédio do Largo de S. Francisco, encontrei muita coisa que precisava. Entretanto, fiquei impressionado com o desleixo e a sujeira, sendo impossível o uso das instalações sanitárias.

 
Depois fui ao campus e lá, depois de ir à biblioteca de ciências sociais, procurei um local onde pudesse tomar um café e me alimentar. Fiquei apavorado com a sujeira e a imundice. Não tomei sequer um cafezinho porque não havia as mínimas condições de higiene naqueles locais. No fundo dos bares, na rua, havia montes de engradados de bebidas já consumidas exalando aquele odor caracterísmo. Isto foi no final dos anos 90. 


Pelo que vi nas reportagens sobre os arruaceiros que ocuparam prédio da Filosofia da USP, suponho que aquele cenário imundo que presenciei nessa que é a maior e mais importante universidade do Brasil, não tenha mudado. Com toda certeza está pior, o que certamente levou as autoridades acadêmicas a solicitar a presença permanente da polícia no campus.
 
Transcrevo o artigo de Safatle para que vocês tirem suas próprias conclusões. O primeiro período do título do post reproduz o título de livro desse professor e que é objeto da entrevista que concede no vídeo acima.
Veio a calhar. Já o título de seu artigo é Abaixo da lei. Leiam:

"Ninguém está acima da lei." Com esta frase, o governador Geraldo Alckmin procurou justificar o fato de, mais uma vez, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP ser alvo de bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral lançadas pela Polícia Militar.

No entanto talvez fosse o caso de dizer que ninguém deveria ser tratado dessa forma pela lei. Um delito menor, como o porte de um cigarro de maconha, não justifica a presença de um batalhão da PM em ambiente escolar.
Trata-se de um delito que nem sequer é considerado como tal em vários países europeus e que vem sendo objeto de discussões sobre sua descriminalização por parte de pessoas insuspeitas de agirem em favor do tráfico internacional, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Não se trata aqui de fazer apologia às drogas. O ambiente universitário não é um território livre e não deve ser espaço para alunos fazerem uso de maconha, mas a abordagem para problemas dessa natureza vista na quinta está longe de ser a adequada. Mais uma vez, a PM demonstra sua total inaptidão para mediar conflitos sociais e manifestações estudantis. Estudantes saíram, mais uma vez, feridos.
Mas abaixo desse uso da PM há outro problema. A atual reitoria tem dificuldades de dialogar com todos os setores da comunidade acadêmica. Ela deveria lembrar que foi escolhida à revelia da maioria, já que a nomeação do atual reitor foi obra do ex-governador José Serra que, pela primeira vez desde Paulo Maluf, resolveu escolher o segundo colocado em uma lista tríplice.
Esperava-se que, devido a esse deficit de legitimidade, a atual reitoria demonstrasse mais habilidade na criação de consenso. Não foi isso o que aconteceu. Vários setores da universidade alertaram para o caráter delicado da presença da PM no campus. Mas nenhum desses setores foi convidado a discutir com a reitoria seus pontos de vista.
A PM se justifica se for o caso de coibir crimes como o assassinato de um estudante, há alguns meses.
Mas ela não está lá para correr atrás de aluno com cigarro de maconha ou para mostrar aos estudantes que a corporação não aceita provocações. Há maneiras mais inteligentes de resolver problemas banais como esse.
A tal episódio somam-se problemas como a querela da reitoria com a Faculdade de Direito, a construção de um monumento aos perseguidos pela "revolução" de 1964, entre outros.
A USP precisa de pessoas capazes de desativar problemas e conflitos, e não de acirrá-los. A FFLCH, que deu ao país intelectuais do porte de Sérgio Buarque de Holanda, Milton Santos, Bento Prado Jr., Florestan Fernandes e Antonio Candido, merece mais cuidado.


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6 comentários:

Honório Salgado disse...

Aluisio,

desculpe, mas você está dando voz, vez e fama para esquerdista. Repare nos grandes homens incensados pelo Safatle: Florestan Fernandes, Antonio Candido, decanos do politicamente correto.

Anônimo disse...

Pois ,triete realidade!
O povo pede que o lula va ao SUS,e os politicos se espantam !!!! O mais engraçado é que o pedido do povo para ir ao SUS,foi entendido pela classe dominante,como um desejo de morte ao ex presidente...e não é que é verdade?Afinal fila do SUS é sinônimo de dor,sofrimento e morte....
ABAIXO A DITADURA!
ABRAÇOS FRATERNOS!

Anônimo disse...

esses ¨intelectuais ¨contribuiram com quanto para o pib???
bando de esquerdistas vagabundos.

Anônimo disse...

Mas bá, tchê, fumar maconha no campus de uma universidade é um problema banal! A universidade é local para se estudar e se pesquisar, se o estudante quer fumar maconha vá para a sede o PT, não para a escola. E dizer que nós pagamos o salário de uma anta como este tal de Prof. Dr. Vladmir Safatle...

Anônimo disse...

Esse Vladmir Safado nao passa de um pilantra. Deve ser traficante.

Anônimo disse...

quando participa do jornal da cultura, esse tal vladimir não fala coisa com coisa, tem uma visão pobre da vida e da politica.