TRANSLATE/TRADUTOR

quarta-feira, outubro 13, 2010

ARTIGO: A Deus o que é de Deus e à Dilma o que é de Dilma.

Por Nilson Borges Filho (*) 

Erenice Guerra e família não cansam de agradecer a Deus – Dilma não pode saber disso – por surgir na campanha eleitoral, com toda a força,  o debate sobre a legalização do aborto. E quanto mais a candidata petista tenta negar que é a favor do aborto, maior é a desconfiança do eleitor com esse novo fervor de fé de quem, dias antes, defendia a sua descriminalização.

O eleitor brasileiro não é bobo, principalmente em tempos de globalização e de um mundo ligado pela tecnologia, onde tudo acontece e é visto em tempo real. Ora, como uma pessoa que jamais frequentou um templo religioso e que, de uma hora para a outra, bajula bispos e pastores e assume-se como filha de Maria, é vista pelo eleitor? 

O oportunismo religioso, com o olhar voltado para uma simples disputa eleitoral, não só não agrega voto nenhum como leva ao descrédito o candidato que tenta se valer de expediente tão condenável pelos diversos credos. Eleição presidencial é a cada quatro anos, fé destina-se para a  vida toda.

O fingimento público de Dilma Rousseff, posando de católica em Aparecida do Norte, provoca no praticante religioso um misto de escárnio, acompanhado de doses fortes de oportunismo barato. As declarações públicas de Dilma Rousseff, em entrevista à revista Marie Claire e na sabatina no jornal Folha de São Paulo, plenamente documentadas, não deixam qualquer dúvida sobre sua opção pela legalização do aborto.

Seria bem melhor – para praticantes e para os que não professam qualquer fé – que a candidata assumisse o que realmente pensa sobre o tema, justificando, com base em dados e fatos, os motivos de sua opção. Talvez não levasse o voto dos religiosos, mas, com certeza, teria o respeito dos que pensam o contrário.

Da maneira como vem conduzindo o debate, a candidata petista corre o risco de perder votos e a credibilidade pública. Não seria nada agradável  chegar à presidência da República com pouco crédito perante o povo brasileiro, majoritariamente religioso.

Por outro lado, não se pode relegar a um segundo plano, no atual embate político, as maracutaias promovidas pela  ex-braço direito de Dilma Rousseff na Casa Civil, no Ministério de Minas e Energia e nos Correios. Como se sabe, Erenice Guerra transformou o seu gabinete – vizinho ao do presidente Lula – num valhacouto de trambiqueiros, travestidos de lobistas, que operavam em tempo integral, sem qualquer cerimônia, arrombando os caixas públicos e enriquecendo às custas dos contribuintes.

A bandidagem que se instalou na Casa Civil da presidência da República e arredores, cujas negociatas atingiram a casa dos milhões, não pode ficar esquecida ao sabor de um outro tema, igualmente importante. Como madrinha política de Erenice Guerra – a manda-chuva dos escaninhos da brurocracia estatal – Dilma Rousseff deveria ser a principal interessada em descobrir quem seriam os que rondavam os cofres públicos, quando ainda era ministra da Casa Civil e Erenice Guerra sua Secretária Executiva.

E isso tem que vir a público com a maior brevidade possível, pois em 31 de outubro o Brasil conhecerá o seu  próximo presidente. E não seria de bom-tom, que o presidente eleito iniciasse o seu mandato acompanhado de fantasmas se acotuvelando nas gavetas do gabinete presidencial.

Para finalizar, vale a denúncia: parece que certos institutos de pesquisa, nada confiáveis,  não aprenderam a lição recebida no primeiro turno e continuam confundindo venda de pesquisa com venda de resultado. 

Em tempo: Este artigo é em  homenagem a Ferreira Pena.

(*) Nilson Borges Filho e mestre, doutor e pós-doutos em Direito e foi professor da UFSC e da UFMG. É articulista colaborador deste blog.

CLIQUE E SIGA ---> BLOG DO ALUÍZIO AMORIM NO TWITTER 

6 comentários:

Parcialmente triste disse...

A casa covil, é uma instituição exclusivamente petista, nela todas as canalhices são tratadas como coisa de estado. Essa bandalheira iniciou-se quando aquele canalha procurador ou procurador canalha sob os auspicios do bandidão Zé Dirceu, fez uma verdadeira cruzada contra o E. Caldas, depois fez uma notinha pedindo desculpa, isso já era um preparação do que se pretendia fazer, aí está o resultado.

Anônimo disse...

Eu não voto em Dilma



Dilma empurrou para fora do governo sua colega Marina, por conta das negociações em torno do edital para as concessões do leilão das usinas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira (RO). A briga entre outras coisas fez com que Dilma ganhasse mais espaço no governo e aí começou sua trajetória com o objetivo de ser indicada a sucessão de Lula. A licença ambiental tão cobrada por Lula mostrou quem tinha mais força no PT ( ????). O empecilho era a ministra, então remova-se a Marina. Logo fica claro que a Dilma não tem compromisso nem com o povo , e muito menos com a verdade.

O 4º Congresso Nacional do PT aprovou emendas às diretrizes do programa de governo de Dilma Rouseff, que ela agora, após ter sido derrotada em seus anseios de primeiro turno, nega com a maior sem cerimônia. Ela negará o combate ao monopólio dos meios de comunicação; a cobrança de impostos sobre grandes fortunas; o apoio incondicional ao polêmico Plano Nacional de Direitos Humanos; com a muito necessária, para ela, criação da Comissão da Verdade; e o ponto que assumiu papel preponderante no primeiro turno a descriminalização do aborto; a criação de uma camara de conciliação para justificar e legalizar a invasão da propriedade, tornando quase impossível a reintegração de posse, quebrando todos os títulos de propriedade, subvertendo a ordem existente o que levará a luta armada; implantar a censura previa, para evitar que se fale “mentiras” sobre os governantes; taxação na caderneta de poupança e taxação maior na transmissão de bens por herança.

Claro, fará tudo isso dentro da “legalidade” através da troca de favores já que o governo terá a maioria do congresso.Eu não tenho duvidas que com Dilma, a liberdade do povo brasileiro será cerceada, e todos nós viveremos um novo período de lutas, gastando energia que seria melhor aproveitada na execução de um plano de desenvolvimento.

Por esses motivos não voto em Dilma. Porque ela é o oposto daquilo pela qual sempre lutei e trabalhei. É pela liberdade, honestidade, e pela verdade. Eu voto em Serra.

Anônimo disse...

Eu não voto em Dilma



Dilma empurrou para fora do governo sua colega Marina, por conta das negociações em torno do edital para as concessões do leilão das usinas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira (RO). A briga entre outras coisas fez com que Dilma ganhasse mais espaço no governo e aí começou sua trajetória com o objetivo de ser indicada a sucessão de Lula. A licença ambiental tão cobrada por Lula mostrou quem tinha mais força no PT ( ????). O empecilho era a ministra, então remova-se a Marina. Logo fica claro que a Dilma não tem compromisso nem com o povo , e muito menos com a verdade.

O 4º Congresso Nacional do PT aprovou emendas às diretrizes do programa de governo de Dilma Rouseff, que ela agora, após ter sido derrotada em seus anseios de primeiro turno, nega com a maior sem cerimônia. Ela negará o combate ao monopólio dos meios de comunicação; a cobrança de impostos sobre grandes fortunas; o apoio incondicional ao polêmico Plano Nacional de Direitos Humanos; com a muito necessária, para ela, criação da Comissão da Verdade; e o ponto que assumiu papel preponderante no primeiro turno a descriminalização do aborto; a criação de uma camara de conciliação para justificar e legalizar a invasão da propriedade, tornando quase impossível a reintegração de posse, quebrando todos os títulos de propriedade, subvertendo a ordem existente o que levará a luta armada; implantar a censura previa, para evitar que se fale “mentiras” sobre os governantes; taxação na caderneta de poupança e taxação maior na transmissão de bens por herança.

Claro, fará tudo isso dentro da “legalidade” através da troca de favores já que o governo terá a maioria do congresso.Eu não tenho duvidas que com Dilma, a liberdade do povo brasileiro será cerceada, e todos nós viveremos um novo período de lutas, gastando energia que seria melhor aproveitada na execução de um plano de desenvolvimento.

Por esses motivos não voto em Dilma. Porque ela é o oposto daquilo pela qual sempre lutei e trabalhei. É pela liberdade, honestidade, e pela verdade. Eu voto em Serra.

Ferreira Pena disse...

Prezado Nílson, acabei de mostrar à minha filha a referência-homenagem que me fez, citando meu nome. No Brasil de hoje, a verdade se esconde envergonhada, pelos ataques sistemáticos e dissimulados dos que estão no poder, apoiados por jornalistas venais. Qual a referência então para nossos jóvens e filhos? Pessoas como você e o Aluizio, verdadeiros democratas, preocupados com o destino do Brasil! Assistir ao que acontece é revoltante, a saida é então participar, comentar nos blog's a nossa insatisfação. Mais uma vez afirmo que seus artigos se tornaram leitura obrigatória aqui em casa, pelos temas abordados, pelo estilo incomparável e pelo respeito à língua. O Brasil precisa de homens como você e Aluizio Amorim, verdadeiros democratas que não se intimidam. A verdade incomoda. Mais uma vez parabéns. OBS:

jânio disse...

"Acotovelando".

Anônimo disse...

Nilson, daremos nas urnas a resposta a toda essa falsidade da candidata Dilmentira! O Brasil não merece isso ... Abaixo os petralhas.