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quarta-feira, março 23, 2011

PEDINDO LICENÇA PARA DIZER A VERDADE

A Folha de São Paulo desta quarta-feirta publica artigo de George Monbiot, do jornal britânico The Guardian, a respeito do desastre da usina nuclear japonesa e a realidade mundial respeitante à demanda de energia. The Guardian é um jornal que costuma defender teses esquerdistas, ecochatas, verdes, politicamente corretas e coisas do gênero. Todo esquerdismo é completamente idiota, embora nenhum esquerdista supere em idiotia Hugo Chávez ou os próceres do PT.
O articulista em questão conseguiu vejam só! um feito e tanto! Resolveu admitir aquilo que é um fato, desprezando o delírio ecochato. Por isso acabou emplacando chamada na capa na Folha São Paulo. A decisão do editor de chamar em destaque este artigo é a prova mais bem acabada da dominância do pensamento politicamente correto. Acompanhem o meu raciocínio:
Como a notícia é sempre a exceção, por aí se vê o quanto a mídia maltrata a lógica e a verdade dos fatos. Neste caso a normalidade, ou seja, a óbvia necessidade imperiosa de energia elétrica das mais variadas fontes, inclusive a nuclear, foi transformada numa anormalidade pela estupidez do pensamento politicamente correto. O título do artigo não esconde, mesmo assim, uma forma de pedir de licença à patrulha politicamente correta para dizer a verdade: 'Fukushima fez de mim um partidário da energia nuclear'. Transcrevo a íntegra do artigo:
Você não se surpreenderá ao ouvir que os acontecimentos no Japão me fizeram mudar de opinião sobre a energia nuclear. Mas pode se surpreender com a direção da mudança. Como resultado do desastre em Fukushima, abandonei a neutralidade quanto à energia nuclear, e agora apoio seu uso.
 
Uma usina velha e dotada de recursos de segurança insuficientes foi atingida por um monstruoso terremoto.

 
As redes de energia falharam, derrubando o sistema de refrigeração. Os reatores começaram a explodir.

 
O desastre expôs um legado conhecido, de projetos deficientes e o uso de gambiarras para reduzir custos. Mas, pelo menos até onde sabemos, ninguém recebeu uma dose letal de radiação.

 
Não estou propondo que sejamos complacentes. Mas é preciso perspectiva.

 
Como a maioria dos ecologistas, defendo uma grande expansão no uso de fontes de energia renováveis.


Também simpatizo com as queixas dos oponentes disso. Não são apenas as instalações de energia eólica próximas à costa que incomodam, mas as novas conexões de rede elétrica (fios, postes).

 
Os impactos e custos das fontes renováveis crescem em proporção ao volume de energia que elas fornecem.

 
Sempre apelei pelo uso de fontes de energia renovável como substitutas do combustível fóssil.

 
Deveríamos exigir que elas também substituíssem a atual capacidade de geração nuclear? Quanto mais esperarmos das fontes renováveis de energia, mais difícil será a tarefa de persuadir o público quanto ao seu uso.

 
Mas a fonte de energia a que a maioria das economias recorreriam caso fechassem suas usinas nucleares não é madeira, água, vento ou luz solar, e sim o combustível fóssil. O carvão é 100 vezes pior que a energia nuclear.

 
Sim, continuo a desprezar os mentirosos que comandam a indústria da energia nuclear. Sim, eu preferiria que o setor fosse fechado, caso existissem alternativas.

 
Mas não há solução ideal. Toda tecnologia de energia tem seu custo, e a ausência dessas tecnologias também teria. A energia nuclear foi submetida a um dos mais severos testes possíveis, e o impacto sobre o planeta foi pequeno. A crise em Fukushima fez de mim um defensor da energia nuclear.


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4 comentários:

Nathal disse...

Onde já se viu uma idiotice maior?

Porque esse sujeito não citou os milhares de toneladas de lixo atômico produzido pelas centenas de usinas nucleares.

No presente ninguém pensa num futuro de digamos 15.000 anos, se é que a humanidade munida de sua idiotia botocuda generalizada pensa. Mas imagine um sujeito descobrindo dentro de uma montanha milhares de toneis hermeticamente fechados. Vai achar que é uma dádiva da humanidade passada para a humanidade do futuro.

Abriu morreu.

O mundo está definitivamente poluído e não tem conversa ou argumento que mostre o contrário.
Tenho dito.

Aluizio Amorim disse...

A questão do denominado lixo atômico é realmente, na atualidade, um problema. A solução poderá ocorrer mais adiante com o avanço da ciência. Negar esta possibilidade é a mesma coisa que supor que a ciência estagnou.

Anônimo disse...

Alô Aluizio
Talvez o anônimo favorável ás usinas de carvão por exemplo,poderia dar uma "passada"perto da usina Jorge Lacerda em Capivari/SC e ver,pegar,pisar,cheirar as MILHÕES DE TONELADAS de resíduos sólidos por ali depositados,que geraram uma merreca de energia em quantidade e SUPOR AS OUTRAS MILHÕES de toneladas que foram expelidas atravéz das chaminés de mais de CEM(100)metros de altura,justamente para mandarem para o vizinho toda a carga tóxica gerada.
Em tempo:
políticos(PT,PMDB,PSDB)ligados ÀS MINERADORAS de carvão viabilizaram MAIS UMA USINA À CARVÃO catarinense,UM DOS PIORES DO MUNDO,na região de TREVISO,sul catarinense.
Imaginem umas 200.000 toneladas de carvão vagabundo sendo queimado mensalmente,qual o impacto "positivo" no bolso desta turma e na saúde da população.
O nome da Usina:USITESC.

abraços

Paulo Henrique disse...

contratem o tal Nathal para projetar as melhores alternativas de geração de energia. senão, o moço tem outro chilique.
quanto ao Monbiot, é um idiota completo. é um pregador politicamente correto, da pior espécie.