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terça-feira, outubro 25, 2011

ARTIGO: Orlando Silva já era

Por Nilson Borges Filho (*)
Mesmo os indestrutíveis  acabam na cadeia, quando não são liquidados fisicamente. Isso é fato. Isso é história. Um dos homens mais cruéis do mundo árabe, que se considerava “indestrutível” , foi linchado e executado pelos rebeldes que assumiram o poder na Líbia. Comparar-se com Pablo Neruda, o poeta chileno prêmio Nobel da Literatura, é de uma infelicidade sem tamanho no campo da compostura. 
A insistência do ministro Orlando Silva em manter-se no governo está comprometendo a própria presidente, que se encontra refém da chantagem de um partido desimportante da base aliada. Na esteira da investigação de Orlando Silva no STF,  serão recorrentes irregularidades no Ministério do Esporte, atingindo gente ligada ao partido do ministro e de partidários do PT, que, na verdade, são os que controlam as ONGs envolvidas em bandalheira.
No Palácio do Planalto o clima é de desânimo, por um lado e de revolta, por outro. Assessores próximos de Dilma não escondem o desconforto do governo com a permanência de Orlando Silva à frente do Ministério, que vem comprometendo, inclusive, o bom andamento dos preparativos para a Copa do Mundo de Futebol.
O ministro perdeu totalmente o controle das denúncias, que a cada dia se agravam com informações de mais e mais irregularidades com o dinheiro do contribuinte. O cinismo de Orlando Silva em se comportar como se a corrupção no seu entorno não lhe atingisse pessoalmente, está criando um ambiente devastador no PC do B, quando se sabe que algumas lideranças regionais poderão sair arranhadas e de irem por água abaixo suas pretensões de disputar as eleições de 2012. 
Novas provas estão sendo levantadas pela Polícia Federal, envolvendo a cúpula do Ministério do Esporte e o próprio ministro Orlando Silva. E, como dizem os juristas, são provas robustas que atingem gente do alto clero do PC do B, até agora imunes às denúncias do policial João Dias, o homem-bomba.
Uma fonte (conforme este blog já antecipou) que circula pelos corredores do palácio presidencial afirmou, em privado, que a investigação do ministro pelo STF inviabilizou, por completo, a permanência de Orlando Silva no governo. O bota-fora, está no aguardo do resultado das negociações entre a presidente Dilma Rousseff e o PC do B para decidir como se dará a saída “honrosa” do ministro do Esporte e o nome que deverá substituí-lo.
Para não dar a entender que a saída de Orlando Silva se dará por pressão externa, assessores da presidente aguardam apenas o momento ideal para o afastamento do ministro e de toda a cúpula do Ministério do Esporte.

(*) Nilson borges Filho é doutor em Direito, professor e articulista colaborador deste blog.

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