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quarta-feira, março 28, 2012

ANTISSEMITISMO É REFORÇADO PELA MÍDIA, AFIRMA O PROFESSOR ROBERT WISTRICH, UMA DAS MAIORES AUTORIDADES DO MUNDO NO ASSUNTO.

Professor Robert Wistrich
Os jornais estão tão enfadonhos que no post imediatamente abaixo faço notar aos leitores que tem diminuído aqui no blog links referentes a publicações da grande imprensa. Todavia, o blog do sempre atento Reinaldo Azevedo salvou-me de passar batido. A Folha, surpreendemente, publicou uma entrevista com o professor Robert Wistrich, chefe do Centro Internacional de Estudos do Antissemitismo, da Universidade de Jerusalém, e um dos maiores estudiosos do mundo no assunto.
Surpresas à parte, o fato é que a entrevista está na Folha de S. Paulo de ontem, terça-feira e foi concedida ao jornalista Marcelo Ninio, em Jerusalém.
Quem acompanha este blog sabe que a questão do antissemitismo costumo abordar a todo o momento. Faço minhas análises essencialmente a partir da observação dos fatos concretos e da análise diária da mídia nacional e internacional. Me ajuda a experiência de 40 anos de jornalismo e, evidentemente, um pouco de estudo sobre o tema, ainda que não de forma sistemática.
Ao ler a entrevista do eminente expert no assunto, o professor Robert Wistrich, tenho a agradável surpresa de constatar que várias de suas análises, sobretudo referente ao comportamento da mídia ocidental em relação a Israel e ao povo judeu, chancelam de alguma forma grande parte do que tenho afirmado aqui no blog sobre o tema. Quantas vezes tenho insistido no lamentável fato de que a maioria dos jornalistas do mundo inteiro é antissemita? Quantas vezes tenho afirmado que constitui uma completa idiotice aqueles que afirmam que os judeus controlam toda a mídia, que dominam as finanças e que mandam no mundo, que são terroristas e que assassinam palestinos? O professor Wistrich ajuda a esclarecer todo esse emaranhado de mentiras que se tornaram lugar comum e são repetidas ad nauseam não apenas pelos ignorantes, mas pelos jornalistas que deveriam, por obrigação profissional, deter a informação verdadeira amparada nos fatos.
Por tudo isto, transcrevo a entrevista do professor Robert Wistrich na íntegra. Leiam que é muito importante:
Folha - O atentado em Toulouse foi descrito por alguns como um ato de fanatismo isolado, por outros como parte da ascensão do antissemitismo na Europa. O que o sr. acha?
Robert Wistrich
- Esse ato assassino se insere totalmente na lógica da jihad (guerra santa islâmica) contemporânea. Em 1998, Osama bin Laden fez uma declaração, ignorada na época, em que dizia que o inimigo absoluto do islã é o que ele chamava de aliança entre judeus e cruzados -como se referia ao Ocidente cristão. Na época ninguém ligou. O mundo só começou a prestar atenção depois do 11 de Setembro.
Esse tipo de ação não é novo. Talvez o único elemento novo seja a forma como foi cometido, a sangue frio e direcionado contra crianças. Isso é o que causa mais choque.
Foi um ato antissemita, mas também contra a França como símbolo do Ocidente. Seu pretexto foi o envolvimento francês no Afeganistão e uma vingança pelas mortes de palestinos em Gaza, o que é uma ultrajante peça de propaganda. Mas é o tipo de propaganda que vem sendo engolida há tempos pela mídia ocidental.
Até a ministra do Exterior da União Europeia, Catherine Ashton, disse quase a mesma coisa, ao comparar a ação em Toulouse com Gaza e com um acidente de trânsito na Suíça em que crianças morreram.
O sr. quer dizer que a mídia e os governos europeus de alguma forma encorajam esse tipo de ação?
Há anos observo na mídia europeia, e certamente na francesa, uma tendência de apresentar a autodefesa de Israel contra o terrorismo como um genocídio contra o povo palestino. É uma distorção grotesca da palavra genocídio. Se é repetida continuamente, cria-se uma justificação para esse tipo de matança, pois é exatamente assim que o criminoso justifica seus atos.
A Al Qaeda emitiu um comunicado afirmando que o criminoso pertencia à rede. Há risco de novos atentados?
É claro que pode acontecer de novo. Há muitas semelhanças entre esse ataque e outros atentados, como em Londres e Madri, em que os terroristas eram muçulmanos nascidos na Europa. Em todos os casos, foram doutrinados no Paquistão e no Afeganistão.
Pode acontecer em qualquer país dentro ou fora da Europa, nos EUA ou na América Latina. Um dos efeitos de a Al Qaeda ter sido desalojada de sua base no Afeganistão é que há células do grupo em vários países e elas se tornaram mais autônomas. São motivadas pela ideologia e não precisam de ninguém para lhes dizer o que fazer.
A palavra antissemitismo significa ódio aos povos semitas, que também incluem os árabes. O conceito precisa ser redefinido?
De todos os tipos de ódio, e há muitos, o antissemitismo é o mais antigo. Remonta a 2.000 anos, a idade da diáspora judaica. O certo seria usar o termo ódio antijudeu, ou judeofobia. Semitismo é um termo racista que foi criado no fim do século 19 por antissemitas que não se referiam aos árabes. Quando falavam de semitas, se referiam aos judeus, mas queriam que seu ódio soasse mais respeitável ou científico.
O que é particularmente perigoso no antissemitismo dos últimos cem anos são as teorias conspiratórias. Que os judeus têm um plano para controlar o mundo, que controlam a mídia, os bancos, os governos, a política externa dos EUA, por exemplo.
Islamofobia e judeofobia têm paralelos?
Islamofobia, como diz o termo, é o medo do islã, como religião principalmente. Não nego que haja medo e ódio ao islã, e ele está crescendo. Ações como a de Toulouse certamente vão intensificar esse sentimento.
Isso não justifica o ódio aos muçulmanos, porque a maioria obedece à lei e certamente não se identifica com essas ações. O problema é que há grupos muçulmanos fanáticos que propagam essas doutrinas fundamentalistas que descrevem todos os não muçulmanos como hereges e inimigos do islã.
O antissemitismo tem origens bem diferentes, porque é baseado no judeu imaginário, na imagem do judeu herdada de séculos de história, e que segue viva. É uma expressão muito mais potente de ódio.
Hoje há entre 35 milhões e 40 milhões de muçulmanos na Europa e apenas um milhão de judeus. E ainda assim, o antissemitismo, em muitos países, é mais forte que a islamofobia. Na França, nos últimos cinco ou seis anos, o número absoluto de ataques antissemitas foi muito maior que os ataques racistas em geral e contra os muçulmanos. E lá há dez vezes mais muçulmanos que judeus.
Há paralelos entre o antissemitismo na Europa de antes do Holocausto e hoje?
Hoje é bem mais sutil. O antissemitismo clássico, que existia em quase toda a Europa antes do Holocausto, foi para o subterrâneo. O antissemitismo tradicional passou por uma metamorfose, em que foi absorvido sob o rótulo de hostilidade a Israel.
A maior razão para isso é que não há lei em nenhum país contra ataques a Israel, mesmo de forma difamatória. Se alguém ataca judeus em público em muitos países pode até ser preso. Se for um político, pode ser o fim de sua carreira. Mas você pode demonizar o sionismo ou Israel o quanto quiser e não há punição nem condenação. Você pode até ser aplaudido.
Qual a principal força por trás do antissemitismo hoje?
Os islamitas, onde quer que estejam, seja a Irmandade Muçulmana do Egito ou em outras partes do Oriente Médio, sejam os jihadistas estilo Al Qaeda, seja o islã wahabista da Arábia Saudita -que com seus petrodólares construiu mesquitas e centros comunitários pelo mundo-, sejam os pregadores do ódio locais, supostamente baseados no Corão -mas eles também falsificam o Corão. Esses são os tipos mais ativos, violentos e assassinos.
Mas há outras forças. Existe a cumplicidade de esquerdistas, que dizem ser apenas contra Israel, mas, com frequência, apoiam grupos como Hamas e Hizbollah. Há também a extrema direita, com uma forma mais tradicional de antissemitismo. Muitos deles são também islamofóbicos.
Há ainda um quarto tipo, que é insidioso e raramente identificado apropriadamente: o neoliberal, um tipo de antissemita "iluminado", que não apenas é veementemente contra Israel por suas políticas, mas que ataca a própria base do país, questionando o Estado judaico.
Dizer que Israel foi um erro constitui antissemitismo?
Se você diz que um Estado já existente, com uma população de 7 milhões, é um erro, você está implicitamente dizendo que não deveria estar lá. Neste sentido, é antissemita e pode alimentar o antissemitismo, porque está basicamente culpando-o por tudo o que deu errado na região. Crítica a Israel é algo praticado todos os dias dentro do país. Todos criticam, incluindo eu. Mas quando uma pessoa nega a existência de Israel não tem nada a ver com crítica.
As ações do governo israelense citadas pelos terroristas, como a ocupação dos territórios palestinos, contribuem para aumentar o antissemitismo?
Eu categoricamente rejeito, com base em anos de pesquisa, a proposição de que há uma conexão real entre ocupação e antissemitismo. Há só uma ligação: essa foi a principal fonte da campanha de desinformação e intoxicação promovida pelos palestinos e árabes na opinião pública internacional.
Assim, a ocupação, indiretamente, alimenta o antissemitismo. Mas não é a razão, porque o antissemitismo palestino existia antes de 1967. 


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sábado, fevereiro 18, 2012

SINAGOGA INVADIDA NA CAPITAL DA VENEZUELA

Os invasores da Sinagoga não foram identificados até agora
Um grupo de pessoas invadiu a sinagoga Beth Abraham, localizada em La Florida, em Caracas, a capital da Venezuela, segundo denunciou o presidente da Associação Israelita da Venezuela, Salomon Cohen.  Os desconhecidos - segundo Cohen - invadiram o templlo, localizado na rua Apamares, após romper o cadeado da cerca, e colocaram outro.
Ao tratar de dialogar com os invasores, esses alegaram ter documentos que justificam a tomada da Sinagora, demonstrando atitude de calma, revelou o Rabino.
Autoridades se encontram no local negociando a desocupação da sinagora. Do site
Autoridades se encuentran en el sitio mediando para lograr el desalojo de la sinagoga. Do site venezuela Últimas Notícias

quinta-feira, fevereiro 16, 2012

SINDICATO DE JORNALISTAS DE SÃO PAULO PROMOVE CURSO QUE INSTIGA O ANTI-SEMITISMO!

Kristallnacht: propriedades de judeus destruídas na famigerada Noite dos Cristais em 1938 que desencadeou o Holocausto
Não serão os batuques dessa festa anti-higiênica e primitiva que é o carnaval que impedirão a permanente atualização deste blog que procura trazer os fatos, análise e opiniões que são escamoteadas pela grande imprensa, sobretudo os jornalões e as redes de televisão. Escapam dessa infernal teia de idiotices que promove a lavagem cerebral diária da maioria das pessoas os blogs jornalísticos independentes e a revista Veja. Só!
Dentre os blogs alojados em portais da grande mídia contam-se nos dedos aqueles que não chafurdam na ideologia comunista. Dentre eles está o blog do incansável Reinaldo Azevedo, no site da revista Veja. Nesta quinta-feira Reinaldo flagrou um fato que explica muito a razão do criminoso anti-semitismo que se expressa diariamente pelos grandes veículos de comunicação. 
O Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, atrelado como os demais em todo o Brasil, à CUT e ao PT, está promovendo um Curso de Anti-Semitismo. A denominaçao desse inacreditável absurdo esconde o seu deletério conteúdo. O nome dessa lavagem cerebral criminosa é “A questão palestina e o conflito no Oriente Médio” e o público alvo são os jornalistas e os jovens estandes de jornalismo. O troço está mais para um madraçal, do qual deverá sair tropas de ataque a Israel e ao povo judeu! Logo adiante esses escrotos estarão produzindo matérias mentirosas sobre o conflito do Oriente Médio, deturpando e distorcendo a realidade dos fatos.
Faço aqui a transcrição na íntegra do texto de divulgação do curso escrito - pasmem - por jornalistas do Sindicato entremeado com as observações que faz Reinaldo Azevedo. É uma dessas matérias que jamais será divulgada nos grandes jornais e muito menos nas redes de televisão. Sim, porque a maioria dos jornalistas brasileiros é anti-semita, como são aqueles da grande mídia internacional. E há que afirme que os judeus controlam a mídia! Os desgraçados que afirmam isso são completamente imbecis e idiotas congênitos. E a prova completa do que sempre afirmo aqui no blog está neste post do Reinaldo Azevedo. Leiam que é importante. Dou o link do post completo: Vale a pena dar uma olhada lá no blog do Reinaldo porque ainda tem um vídeo para ser visto.
Eis o texto:
Reproduzo abaixo, em vermelho, o texto de apresentação do curso. Os comentários de Reinaldo estão em azul:
O domínio do discurso sionista sobre a questão palestina durou muito tempo. Só a partir do final da década de 1970, com a abertura dos arquivos dos sionistas para conhecimento público, e com as pesquisas dos chamados “novos historiadores” israelenses, esse discurso começou a ser contestado e passou-se a dar veracidade às narrativas palestinas sobre a Nakba (o processo que levou à criação do Estado de Israel e as consequências desse processo para o povo palestino).
É espantoso que um órgão de classe, que representa, em tese ao menos, todos os jornalistas, se dedique a tal indignidade discursiva. Definir a palavra “nakba” como “processo que levou à criação do estado de Israel” é uma vigarice intelectual, uma farsa. A palavra quer dizer “tragédia” ou “desastre” e tem uma marca militante: define o que os palestinos chamam “êxodo” da população árabe quando se criou o estado de Israel. Boa parte das terras, não custa lembrar, foi comprada pelos judeus. Ainda que se possam debater as características e extensão da migração, não é essa a questão subjacente ao texto, não.
Só falam em “nakba” os que advogam a volta de todos aqueles que são chamados “refugiados” palestinos. Boa parte dos migrantes originais já morreu. Os hoje chamados refugiados, muitos divididos em campos espalhados por países árabes, são filhos, netos e bisnetos daquele grupo original. Foi a militância política palestina, que não aceitava a existência do estado de Israel, que concorreu para que não ganhassem a cidadania nos países onde nasceram. Estima-se o grupo original de migrantes em 700 mil pessoas. Hoje, essa população que a militância quer instalar em Israel somaria pouco mais de 4 milhões. É evidente que, se todos migrassem para Israel, o estado judeu seria extinto. E é preciso notar: a esmagadora maioria dos estimados 700 mil palestinos que deixaram a região o fez tangida pela guerra promovida pelos países árabes. É questão de fato, não de gosto. A Jordânia conferiu cidadania a uma boa parcela dos refugiados e a seus descendentes. Muitos, no entanto, continuam a viver em campos, em situação muito precária — a mesma realidade de outras nações árabes que não lhes conferem nem cidadania. Muito bem: o lugar em que os palestinos vivem com mais dignidade e com todos os direitos democráticos garantidos é mesmo… Israel! Sigamos com o texto do sindicato.
Nessa mesma época, especialistas responsáveis por pesquisas arqueológicas em sítios palestinos começaram a contestar a versão bíblica e propuseram uma nova teoria para explicar os textos sagrados - tarefa que o filósofo Benedito de Espinosa, usando conhecimentos de filologia e um estudo de muitos anos da Torá, já empreendera no século XVII.
É de arrepiar! O “Benedito de Espinosa” deve ser o Baruch Spinoza, hehe. Essa pegada supostamente “científica” busca deslegitimar Israel como a terra original dos judeus e, pois, pretende retomar a questão desde a origem, a saber: não se está questionando se os dois povos devem viver em seus respectivos estados. Nada disso! Essa abordagem sempre acaba concluindo que os israelenses têm de sair das “terras palestinas”. Não por acaso, recorre-se ao tal “Benedito”, justamente um judeu punido por… judeus.
Esses dois acontecimentos, na história e na arqueologia, seriam acrescentados aos casos levantados por pesquisadores palestinos em seu próprio país, com seu próprio povo, e mudariam a compreensão dos estudiosos sobre as raízes do problema que, iniciado em fins do século XVIII, até hoje abala a região da Ásia ocidental, ou Oriente Médio, conhecida como Palestina e Israel. Ao grande público, porém, esse conhecimento praticamente não chegou. As pressões sobre pesquisadores, autores, editoras, mídia, governos impediram a livre circulação desse novo saber. Por isso, não é de espantar que muitos jornalistas ainda não o conheçam. Trata-se de um assunto que, antes restrito a alguns círculos acadêmicos e políticos, somente agora começa a ser mais amplamente divulgado no Brasil.
Reparem neste trecho: “As pressões sobre pesquisadores, autores, editoras, mídia, governos impediram a livre circulação desse novo saber. Por isso, não é de espantar que muitos jornalistas ainda não o conheçam.” Estamos de volta à velha tese da conspiração judaica contra a verdade. É o retorno dos “Protocolos dos Sábios de Sião”. Os sionistas, esses malvados, seriam grandes manipuladores, sempre dispostos a contar a versão dos judeus. Ainda bem que vem agora a tal Baby para nos salvar.
No entanto, faltam referências aos que pretendem conhecer em detalhes a história de Palestina e Israel. A bibliografia, em árabe e em hebraico, dificulta ao leitor ocidental o acesso aos livros. Mas há muitos títulos em inglês, embora permaneçam desconhecidos do público por falta de divulgação. Há sítios confiáveis na internet, com fatos documentados, com rigor acadêmico, que podem ser consultados sem receio. Há organizações de direitos humanos que mantêm na web os resultados de suas pesquisas, também documentadas. Há juristas e advogados que deslindam os meandros jurídicos da questão, colocando artigos à disposição do público.
Notem que a “verdade verdadeira” está escondida em alguns meandros e livros quase secretos. Ela só precisa ser divulgada ao grande público. É o que o curso pretende fazer.
O objetivo do curso é abordar alguns dos principais pontos da questão palestina e contextualizá-los histórica e politicamente, para que o interessado possa conhecer um pouco da história de palestinos e judeus e iniciar sua própria pesquisa. Nesse sentido, será oferecida uma bibliografia básica, bem como alguns textos importantes para a compreensão do problema vivido por dois povos, o israelense e o palestino.
Como é? O interessado vai conhecer “um pouco da história dos palestinos e judeus”??? Bem, a boa-vontade com “os judeus” já está demonstrada, certo? O curso será ministrado por uma senhora chamada “Baby Siqueira Abrão”. Vamos ver quem é ela segundo o próprio sindicato.
Jornalista, pós-graduanda em filosofia política e relações internacionais com projeto sobre a questão palestina e suas consequências, Baby Siqueira Abrão também é autora de livros sobre filosofia, mitologia grega e divulgação científica. Mora em Ramala, Palestina, onde é correspondente do jornal Brasil de Fato e colaboradora dos sites Carta Maior e Opera Mundi. Veio ao Brasil para uma série de palestras, com o líder popular palestino Abdallah Abu Rahmah, sobre a questão palestina, com apoio da Embaixada Palestina no Brasil (embaixador Ibrahim Alzeben). Participou do Fórum Social Mundial (em 2012, Fórum Social Temático), em Porto Alegre, como representante do Comitê Popular de Resistência Não-Violenta contra o Muro e as Colônias de Bil’in (www.bilin-village.org; ver também www.popularstruggle.org) e do Palestinian Center for Peace and Democracy (PCPD, http://www.pcpd.org).
Bem, acho que isso tudo evidencia a independência intelectual de dona Baby. Sua companhia também não deixa a menor dúvida. O sindicato e o espaço Vladimir Herzog estão sendo usados para fazer proselitismo em favor da causa palestina e contra a exitência do Estado de Israel. O encadeamento do texto deixa clara a demonização do estado israelense. Pergunto: o sindicato abriria as suas portas para ministrar um “curso” sobre a outra versão? Acho que não.
O sindicato poderia promover um debate sobre a questão israelo-palestina? Poderia, sim. Não é o caso, como se nota. A entidade está é abraçando uma causa. Pela linguagem, é visível que se está questionando a própria legitimidade da existência de Israel, com o indisfarçável cheiro da acusação da “conspiração judaica”.

quinta-feira, dezembro 09, 2010

JUDEU PASSA POR NEONAZISTA E CONSEGUE LEVAR A JULGAMENTO NAZISTA QUE ASSINOU PRIMEIRA ORDEM PARA O GENOCÍDIO

Durante 65 nos, o doutor Bernhard Frank, o funcionário nazista mais graduado ainda vivo, conseguiu esconder seu passado estarrecedor. Este oficial das SS foi o nazista que assinou a primeira ordem de extermínio de centenas de milhares de judeus na Segunda Guerra Mundial, conhecida como Commando Stadt Order.

O édito, difundido no dia 28 de julho de 1941, dizia: "Se tratar-se de uma população inferior do ponto de vista nacional e racial, deve ser morta imediatamente. Seus vilarejos devem ser totalmente queimados". Frank recebia ordens diretas de Heinrich Himmler, foi oficial das SS e da Gestapo e posteriormente se aproximou de Hitler. O que Frank começou se converteria na máquina de extermínio nazista, com trens para deportações e câmaras de gás.


O oficial das SS, que hoje tem 97 anos, conseguiu viver tranquilamente na Alemanha sem que ninguém suspeitasse dele. Até que um dia bateu em sua porta um suposto militante neonazista, que pediu uma entrevista. Na verdade se tratava do judeu americano Mark Gold, de 43 anos, filho e neto de sobreviventes, que durante anos conseguiu pacientemente formar o quebra-cabeças do passado assustador do SS. Gold aproveitou seu aspecto "ariano" – alto, loiro e de olhos azuis – para ganhar a confiança do ancião. Depois de centenas de horas de encontros, todos gravados em vídeo, Frank revelou pela primeira vez seus segredos mais obscuros.


Nos próximos dias começará seu julgamento, no qual será acusado de genocídio, por um tribunal de Berlim. Parte das provas se baseiam no material recolhido por Gold. Em 1943, Frank foi nomeado responsável pela segurança de Obersalzberg, o refúgio alpino de Hitler, no sul da Alemanha. Dali, o Führer dirigiu o Terceiro Reich durante os primeiros anos da guerra.


Frank recebeu a ordem pessoal de Hitler de matar Hermann Goering, quando, em 25 de abril de 1945, os russos sitiaram o bunker do Führer em Berlim, e este tentou assumir a liderança do país. Frank se negou a matá-lo, mas prendeu Goering. No final da guerra, assinou a rendição diante dos americanos, entregando Obersalzberg. Foi assim que o oficial da SS entrou para a história: como o responsável pela segurança de Obersalzberg e o oficial que prendeu Goering, não como o responsável pelo genocídio de centenas de milhares de judeus. Até o dia em que Gold apareceu.


Durante as entrevistas, em sua casa em Frankfurt, o velho SS tinha um fuzil ao seu lado. Quando o pesquisador americano mostrou a ordem de assassinato de judeus assinada por ele, Frank, surpreso, justificou alegando que "se tratava de partisans judeus membros da guerrilha". Quando Gold perguntou se as mulheres, crianças e velhos também eram partisans, o velho nazista apenas se moveu na cadeira, mas não respondeu.


"Por vezes me assustava com o fuzil ao lado", declarou Gold. E acrescentou: "Tenho a impressão de que Frank não quer morrer sem que se conheça sua responsabilidade real nas SS. Ele está muito orgulhoso de tudo o que fez e, por isso, depois de dezenas de anos de silêncio, me entregou seus diários e até mesmo suas cartas de amor".


No final de semana passado, Gold foi à casa de Frank para entregar pessoalmente a convocação da justiça. A esposa do nazista atacou Gold e lhe causou ferimentos. A promotora Darshan Leitner declarou que "é muito importante que o oficial da SS seja julgado, apesar de sua idade avançada".
Do portal da revista Veja

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