Na tentativa de acalmar os militares, que reagiram mal à escolha do ex-chanceler Celso Amorim para o Ministério da Defesa, a presidente Dilma Rousseff reuniu ontem os comandantes das três Forças Armadas, no Palácio da Alvorada, e disse não haver motivo para preocupações. Dilma pediu aos militares que mantenham a "normalidade institucional", abriu um canal direto de relacionamento com eles e assegurou que seu governo não permitirá revanchismos.
O encontro durou uma hora e ocorreu no dia seguinte ao da demissão de Nelson Jobim, que chefiava o Ministério da Defesa desde 2007, no segundo mandato do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A presidente fez questão de reunir a o alto comando da tropa, pouco antes de viajar para a Bahia, com o objetivo de desfazer o mal-estar.
Em mensagem teleguiada para acalmar a caserna, Dilma afirmou que ninguém precisa temer mudanças. Embora não tenha tocado no assunto com todas as letras, os militares entenderam que não haverá revisão da Lei de Anistia. Pactuada para possibilitar a transição democrática, a lei impede a punição de agentes de Estado que praticaram crimes contra os opositores do governo, como tortura, assassinatos e desaparecimentos forçados, durante a ditadura.[N.B. do Blog: Bem como também impede a punição dos esquerdistas terroristas que cometeram assassinatos].
Amorim tomará posse na segunda-feira e hoje vai se reunir com os comandantes militares, em Brasília. Da mesma forma que Dilma, disse aos mais próximos que fará um trabalho de "distensão". Não haverá solenidade de transmissão de cargo. Leia MAISCLIQUE E SIGA ---> BLOG DO ALUÍZIO AMORIM NO TWITTER