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segunda-feira, abril 04, 2011

OLAVO DE CARVALHO: A FARSA GANHOU O JOGO.

Transcrevo a íntegra após este prólogo entrevista do filósofo, escritor e jornalista Olavo de Carvalho (foto), que está no site da revista Veja. Os esquerdistas costumam torcer o nariz quando deparam com algum escrito ou entrevista de Olavo. Mas justiça seja feita: Olavo de Carvalho põe no bolso a maioria dos idiotas que escrevem no Estadão e na Folha de São Paulo. Bem que a revista Veja poderia contratar Olavo, que mora no interior da Virgínia, nos Estados Unidos, onde decidiu se radicar depois que foi escorraçado por diversos jornais pelas mão imundas da patrulha esquerdista serviçal do PT que domina as redações da grande imprensa brasileira. Sem o contraditório, sem polemistas do quilate de Olavo de Carvalho, a imprensa brasileira passou a fazer um jornalismo anódino e bajulador do poder. Salva-se apenas a revista Veja. O resto serve apenas para os catadores de papel, sem falar nos seus sites e portais que além de escamotear os fatos ou edulcorá-los, dedicam-se a difundir o deletério pensamento politicamente correto.
Por esta razão transcrevo na íntegra esta entrevista de Olavo que estimula o necessário e imperioso debate político mormente quando até o Gilberto Kassab e seus áulicos vestem os paramentos da idiotia esquerdista que solapa o que resta da democracia brasileira. Leiam:
O filósofo Olavo de Carvalho se notabilizou pelas críticas à hegemonia esquerdista no espaço cultural e político do país. Desde que publicou o livro O Imbecil Coletivo, obra que ataca consensos construídos no ambiente cultural brasileiro, ele se tornou uma espécie de porta-voz da diminuta intelectualidade conservadora do país (embora tenha aversão a este papel).
Em entrevista concedida por telefone ao site de VEJA, ele  diz que a direita tem boa parte da culpa pela própria derrocada e critica o fato de legendas liberais terem se apegado à discussão meramente econômica. O filósofo, que mora na zona rural da Virgínia, diz que o eleitorado conservador não vai encontrar tão cedo um partido que represente suas ideias no país.
 A ausência de um partido conservador no Brasil é resultado das circunstâncias políticas ou de uma estratégia bem-sucedida da esquerda? Não é nem só uma coisa nem só outra. O processo começou durante o regime militar, quando tecnocratas assumiram todo o comando do processo e marginalizaram a política, reduzindo a função dos políticos a carimbar decretos oficiais. E, na concorrência de poder e prestígio, eles eliminaram alguns políticos de direita da mais alta qualidade, como Carlos Lacerda. A Arena era ideologicamente inócua. De lá para cá, a classe política, que era de maioria direitista, acabou sendo marginalizada e deixando um espaço vazio. Esse espaço foi preenchido pelos políticos de esquerda que voltavam do exílio. Quando veio a Constituição de 1988, a esquerda já era praticamente hegemônica.
O regime militar não conseguiu sufocar a oposição de esquerda?
O governo militar se ocupou de combater a guerrilha, mas não de combater  o comunismo na esfera cultural, social e moral. Havia a famosa teoria da panela de pressão, do general Golbery do Couto e Silva. Ele dizia: “Não podemos tampar todos os buraquinhos e fazer pressão, porque senão ela estoura”. A válvula que eles deixaram para a esquerda foram as universidades e o aparato cultural. Na mesma época, uma parte da esquerda foi para a guerrilha, mas a maior parte dela se encaixou no esquema pregado por Antonio Gramsci, que é a revolução cultural, a penetração lenta e gradual em todas as instituições de cultura, mídia etc. Foi a facção que acabou tirando vantagem de tudo isso – até da derrota, porque a derrota lhes deu uma plêiade de mártires.
Então a hegemonia cultural veio antes da partidária? Claro. Acompanhe, por exemplo, as sessões ditas culturais dos principais jornais do país. Você vai ver que, durante 30 anos, não teve uma ideia conservadora lá. O primeiro passo para marginalizar uma corrente de ideias é excluí-la da alta cultura. Você trata aquilo como se fosse uma corrente popular, um bando de caipiras, um bando de fanáticos que não tem respeitabilidade intelectual. O período militar foi a época de maior progresso da indústria editorial de esquerda no Brasil. Nunca se publicou tanto livro de esquerda. Além de ter destacados colunistas de esquerda nos jornais, ainda havia vários semanários importantíssimos de oposição como os tabloides Movimento, Fato Novo, O Pasquim, Ex, Versus, as revistas Civilização Brasileira, Paz e Terra e muitas outras. Além disso, praticamente todos os grandes jornais eram dirigidos por homens de esquerda como Luís Garcia, Claudio Abramo, Alberto Dines, Narciso Kalili e Celso Kinjo. Outra coisa importantíssima: todos os sindicatos de jornais do país eram presididos por esquerdistas.
O presidente do DEM, José Agripino Maia, diz que o partido é de centro e que suas bandeiras estão ligadas ao liberalismo econômico apenas. Como o senhor vê essa declaração? A limitação do ideário conservador ao aspecto econômico é uma estratégia da esquerda. O que o governo faz? Reserva uma margem de manobra para a empresa privada, mas exerce o controle total sem exercer a responsabilidade. Se tudo dá certo, é glória do governo. Se tudo dá errado, é culpa do empresário. Uma oposição que se limite à defesa da propriedade privada não oferece risco algum para o socialismo. A verdadeira corrente conservadora se manifesta também por um ideário de direitos civis, de liberdade religiosa, da defesa da moral judaico-cristã, da educação clássica, com padrões exigentes. É uma concepção integral da sociedade. Os liberais que acabam concordando com a esquerda no seu ideário cultural e moral são traidores. Uns são traidores conscientes, outros por idiotice.
Na última campanha, o aborto chegou ao debate eleitoral por causa da mobilização de parte da sociedade. Só depois os partidos passaram a debater o tema. É um sinal de que a população é mais conservadora do que seus representantes políticos? Há uma faixa conservadora, cristã, que não aceita políticas como o "abortismo" e o  "gayzismo". Uma faixa imensa da população não aceita essa brincadeira e se mobilizou fora dos partidos para combater o aborto, num movimento iniciado por grupos religiosas, por igrejas, e o PSDB acabou tirando alguma vantagem disso por falta de alternativa. É o princípio do mal menor: “Não tem mais ninguém, vamos votar no PSDB”. Mas o PSDB não tem mérito nenhum nisso.

Como o senhor vê a implosão do DEM, que vem perdendo força e de onde saíram os fundadores do PSD?
O DEM decidiu se  transformar-se num instrumento servil da política de esquerda. Então se autocastrou de propósito.

O que a direita precisa saber para reequilibrar o quadro político? Reocupar os espaços na esfera cultural?
A esquerda, devido à enorme facilidade que teve para ocupar os espaços, começou a promover o que tinha de pior na pseudo-intelectualidade esquerdista. E destruiu a cultura superior no Brasil. Num lugar onde se chamam de intelectuais Emir Sader, Chico Buarque de Hollanda e Tarso Genro, está tudo perdido. É a barbárie completa. A Comissão de Educação e Cultura da Câmara têm entre seus membros o Tiririca, que é um sujeito que quase foi recusado lá por ser analfabeto. A esquerda se aproveitou da facilidade de conquistar esses meios, mas evidentemente não tinha intelectuais de grande gabarito para ocupar todos postos. Então pegou qualquer um. Pegou o lixo. A solução é criar uma nova intelectualidade capaz de desmoralizar esses indivíduos, demonstrar que são vigaristas e charlatães.

A polaridade entre PT e PSDB não exerce esse papel?
Uma vez eu vi um diálogo entre o Cristovam Buarque, quando era o principal intelectual do PT, e o Fernando Henrique Cardoso. Ambos concordavam que os seus partidos não tinham divergência ideológica nenhuma, apenas disputa por cargos. Aqui, a disputa de cargos se substituiu à concorrência ideológica, de propostas. A essência da democracia é a existência de correntes opostas e o seu rodízio no poder, de forma que nenhum governo possa introduzir modificações desastrosas que um governo seguinte não possa fazer. Funcionou em toda a Europa e está provado que é a única saída eficiente. Ninguém tem a solução de todos os problemas. Às vezes, a direita tem a ideia melhor, às vezes a esquerda tem.

Há quem comemore o fim da distinção entre esquerda e direita como um avanço da democracia.
O que existe de positivo em esconder a realidade das forças que estão em jogo? O fato de que uma boa parte do pessoal dito direitista esteja servindo à esquerda não significa que direita e esquerda tenham desaparecido. A população brasileira é conservadora.  E as pesquisa têm comprovado isso. Ela apenas não está informada sobre quem é quem no cenário eleitoral. Então, se vota nos candidatos que existem. É uma situação onde o engano, a mentira, a farsa foi oficializada. A farsa ganhou o jogo.


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domingo, novembro 07, 2010

LIÇÕES DO CHILE PARA OPOSIÇÃO BRASILEIRA

Recomendo a leitura desta entrevista ao diário espanhol El País, do presidente chileno Sebastián Piñera (foto), que venceu a aliança esquerdista da ex-presidente Michele Bachelet que à época contava com cerca de 90% de aprovação popular.

Piñera era a então da oposição, que o esquerdismo julgava que estivesse morta. Pouco depois de tomar posse, Piñera enfrentou de cara a maior catástrofe que já se abateu contra o Chile, que foi o terrível terremoto recente. E, há pouco, 32 mineiros soterrados em acidente numa mina foram resgatados com vida numa ação coordenada pelo governo.

Piñera está conduzindo um grande programa de reconstrução do país. Ele que venceu o esquerdismo dominante com 51,61% dos votos, tem agora o apoio de mais de 60% da população chilena.

É muito importante que os Senhores da Oposição brasileira, especialmente do PSDB, leiam com atenção esta entrevista. E vale lembrar: Piñera defende o oposto do esquerdismo e suas teses podem ser encontradas nos textos que advogam o liberalismo, que na América Latina é rotulado de forma pejorativa como 'de direita', como se o liberalismo acolhesse os regimes discricionários de matiz nazi-fascistas. 

Ao sufragar Piñera nas últimas eleições presidenciais, os chilenos colocaram o Chile definitivamente lado a lado com os países mais desenvolvidos e democráticos do mundo, onde prevelece o liberalismo político e econômico, o estado de direito democrático e a liberdade de imprensa.

Uma bela lição para a Oposição brasileira que continua pautada pela idiotice esquerdista. Selecionei duas respostas da entrevista de Sebastián Piñera para ilustrar este post. Servem como uma boa lição de teoria política para o claudicante PSDB que advoga a falida social-democracia, um arremedo do deletério socialismo. Leiam (link ao final para leitura completa):

P. Antes citó sus grandes apuestas estratégicas. Para todo eso hacen falta más de tres años y medio, y en Chile no hay reelección presidencial. ¿Qué proyecto político tiene en la cabeza? ¿Quiere transformar el centro-derecha chileno?
R. Mire, el origen de los conceptos de izquierda y derecha se ha diluido en el tiempo. Nace con la Revolución Francesa: a la izquierda se sentaron los que le querían cortar la cabeza al rey y a la derecha, los que querían restaurar al rey en el trono. Nosotros no queremos cortarle la cabeza a nadie ni restaurar a ningún rey. ¿Qué queremos? Que el centro-derecha sea fiel a sus convicciones profundas: un compromiso con los tres pilares básicos: primero, un sistema político estable con una democracia de verdad, con Estado de derecho, alternancia en el poder, respeto a los derechos humanos, libertad de expresión. Segundo, una economía de mercado, libre, abierta, competitiva, integrada en el mundo; y tercero, un sistema social en el que el Estado asegure a todos un mínimo consistente con la dignidad humana, y por tanto, que sea el más poderoso aliado en la lucha contra la pobreza y las desigualdades. 

P. Para esta derecha, que usted quiere modernizadora, ¿sirve el mapa político que tienen? ¿O podría cambiar?
(Pasan cuatro segundos. Muchísimo tiempo para Piñera, que ganó (51,61%) las elecciones de 2009 al frente de una Alianza por Chile en la que abanderó a la derecha; que votó no en el plebiscito continuista de Pinochet de 1988 y cuyo padre fue fundador del partido democristiano. Después de la pausa, una contestación medida).
R. El centro-derecha en Chile estuvo 20 años en la oposición. Muchos creyeron que nos íbamos a morir allí, pero nunca perdimos la fe en nuestras convicciones: un concepto integral de la libertad en lo político -la democracia-, en lo económico -la economía social de mercado- y en lo social -la igualdad de oportunidades-. Y hemos demostrado que el mito de que Chile era un país culturalmente de centro-izquierda no era verdad. Hoy tenemos un apoyo que se acerca a dos tercios de los chilenos. Estamos construyendo una nueva derecha en nuestro país, muy alejada de los totalitarismos y de los atropellos a los derechos humanos, y muy comprometida con la libertad y con el futuro.
(Llegamos al aeropuerto. Para otro momento la pregunta de si Piñera hará alguna vez una oferta a la DC chilena para integrarse en esa nueva derecha, una oferta que no pueda rechazar la única formación democristiana del mundo que lleva 20 años -los de la reconstrucción democrática- pactando la Concertación con la izquierda y que, en su recién estrenada oposición, está aparentemente desconcertada). Clique AQUI para ler a entrevista completa - En español - In spanish

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domingo, agosto 01, 2010

MAINARDI: LULA É PELEGO MUITO OBEDIENTE

Diogo Mainardi, o colunista da revista Veja e dos raríssimos da dita grande imprensa brasileira que não baba a baba da estupidez da idiotia politicamente correta, está de mudança para Veneza.

Entretanto, para o desapontamento de seus detratores e alento para os seus milhares de leitores continuará com a sua coluna da revista Veja. E antes de deixar o Brasil, Mainardi concedeu uma entrevista a Leandro Sarubo, do site Itu.com.br. Pincei para vocês, como segue, um excerto da entrevista que pode ser lida na íntegra AQUI:

Itu.com.br - Lula tem 77% de aprovação, segundo o Datafolha. O dado acaba demonstrando que muita gente que compreende os malefícios de um país que privilegia a escalada de impostos e as estatizações está ignorando o fato por estarem acomodadas com a boa fase da economia brasileira. Essa relação te surpreende?

Diogo Mainardi: Não, eu não superdimensiono instrução, acho que caráter, falta de caráter, são características comuns a todas as classes sociais. Acho que quem tá ganhando muito dinheiro fica com uma opinião diferente sobre o governo. Entendo que as pessoas que não estão no dia-a-dia da política possam achar que o governo merece aprovação deles. Eu aprovo a política econômica do governo moderadamente, por exemplo. Nunca imaginei que eles fossem subverter as regras do capitalismo brasileiro porque eu sabia quem os financiava. Sempre achei o Lula um pelego muito obediente, sabia que ele obedeceria as instruções dadas pelos financiadores dele.

Itu.com.br - A eleição de 2010 está perdida?

Diogo Mainardi: Não. Espero que a Dilma perca. Espero que seja uma eleição perdida pro PT e pra Dilma. Acho que se o José Serra tivesse a coragem de despedir 10% dos petistas que ganharam cargos comissionados ele já faria um trabalho razoavelmente decente, se a gente comparar aos 200% de petistas a mais que vão aparelhar o governo caso a Dilma vença as eleições. E isto já seria saudável. Adoraria também que se fizesse uma bela de uma checagem em tudo o que foi feito nesses últimos anos, mas isso não será feito. Acho que existe chance de fazer um governo que interfira um pouquinho menos na vida das pessoas. E isso é pra mim um bom governo. Um governo que amola o menos possível.

Itu.com.br - O Brasil tem um partido de direita?

Diogo Mainardi: Brasil não tem partido de direita, de esquerda, de nada, tem um bando de salafrários que se reúnem pra roubar juntos.

Itu.com.br - Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Millenium, realizada pelo sociólogo Alberto Carlos Almeida, aponta que os brasileiros são "favoráveis a estatização" de algumas das empresas que consomem, como a TV Globo. Ao mesmo tempo, o Datafolha divulgou pesquisa que aponta metade da população na balança da direita. Essa confusão é um fator de atraso educacional?

Diogo Mainardi: É um fator de atraso, a nossa direita é estatizante, sempre foi estatizante. Nós nunca tivemos uma direita liberalizante, o que cria confusão também. Se a direita nazista foi estatizante, a comunista também foi. A estatização ou o liberalismo nunca foram uma política de direita ou de esquerda. A gente tem que separar essas coisas. E os brasileiros têm uma grande confusão, nem sabem o que é estatização, nem sabem no que implicaria isso.

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segunda-feira, julho 26, 2010

COM O CÉREBRO ABDUZIDO POR EREMILDO, O IDIOTA, COLUNISTA DA FOLHA DIZ QUE LULA FAZ GOVERNO DE 'COMUNHÃO NACIONAL'

Como afirmei em post mais abaixo, Eremildo, o idiota, além de ter incorporado e dominado o cérebro de seu criador segue de forma solerte, porém pertinaz, avançando sobre os colunistas da Folha de São Paulo. Um dos mais recentes articulistas que sucumbiram ante o poder de Eremildo é o Fernando Barros e Silva, cujo cérebro abduzido e transformado por esse andróide estúpido, começou a ver fantasmas ao meio-dia.

Tanto é que descobriu uma "nova ordem" (cáspite!) liderada por uma nova classe média em ascensão no Brasil em decorrência da competência governamental do PT e, por isso, detestada por uma "direita cínica e raivosa"
que teve suas "pretensões de exclusivismo azedadas" pelos emergentes botocudos e que é chefiada por Índio da Costa, qualificado como "folclórico". Como se vê, Eremildo, esse andróide cretino, acabou se transformando numa peça importante da máquina petralha de moer reputações e propalar idiotices e mentiras sem qualquer cerimônia.

Quando Eremildo incorpora num jornalista o texto do infeliz hospedeiro do idiota resulta numa coisa muito estranha, algo como o samba do jornalista doido. Tanto é que no caso em tela (êpa!), Fernando Barros e Silva, guiado pela idiotia de Eremildo, tascou uma frase lapidar: "Lula, afinal, faz um governo de comunhão nacional".

Pô, Fernando. Quando você tiver dificuldade em escrever algum artigo e sentir a nefasta presença de Eremildo, me dá um toque que eu lhe ajudo.

Transcrevo para que vocês leiam e tirem as suas próprias conclusões. Comentários abertos para um debate elevado...hehehe...


Há no Brasil uma direita escandalosa e disposta a se escandalizar com tudo. Sua representação é mais midiática do que propriamente política. E o lulismo tem a ver com uma coisa e outra.

Ao mesmo tempo em que o êxito do governo (e, em particular, de Lula) inibiu a emergência de uma opção de direita puro-sangue à sua sucessão, também desinibiu, pela mesma razão, o ressentimento ou às vezes o ódio de setores que se julgam ameaçados pela nova ordem.

A base social dessa direita, para quem o mundo virou de ponta-cabeça, não são exatamente os detentores da riqueza extrema, que vão muito bem e talvez daqui a pouco tenham saudade. Nem, é claro, a massa pobre, que já esteve em situação pior e sentirá a falta de Lula.

A direita estridente, cínica ou raivosa, fala a (e por) setores de uma certa alta classe média, que teve seus sonhos ou pretensões de exclusivismo azedados pela emergência da "nova classe média".

Em termos políticos, a figura um tanto folclórica de Indio da Costa é um sintoma do que restou à direita, imobilizada diante de um presidente que parece ter apresentado o país a si mesmo. Lula, afinal, faz um governo de comunhão nacional.

Se a direita grita sua impotência, a esquerda nunca pareceu tão satisfeita. O lulismo anestesiou a intelligentsia, cooptando boa parte dela (HUMMM...). Inverteram-se os papéis clássicos: temos hoje uma direita apocalíptica e uma esquerda integrada.
Nesse ambiente, o campo de discussão crítica ficou estreito e está contaminado pelo sectarismo de uma polarização algo artificial.

Direita e esquerda ganham lastro na vida real quando vêm acompanhadas do prefixo "centro". Centro-direita, centro-esquerda -é por aí, distante das extremidades, que a política entre nós caminha (ou patina). Discute-se a "ampliação" do Bolsa Família, a "revisão" da política cambial etc. As brigas intelectuais, por isso, podem soar ridículas. Como se, sem perceber, todos ali fossem só "radicais de centro".
Da Folha de S. Paulo desta segunda-feira

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