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sábado, abril 23, 2011

BANCOS CORREM RISCO DE LAVAR DINHEIRO DOS DITADORES DO ORIENTE MÉDIO E NORTE DA ÁFRICA DEPOSTOS OU AMEAÇADOS DE CAIR

Em um momento de turbulência sem precedentes no Oriente Médio e Norte da África, as instituições financeiras internacionais deve estar vigilantes contra a aceitação de valores desviados alertam os especialistas da World-Check, empresa de consultoria internacional.

Em tradução livre do inglês, segue notícia postada no site da World-Check que lança uma advertência sobre o real perigo que correm bancos e instituições financeiras em decorrência das revoltas que acontecem nos países do Oriente Médio e Norte da África, já que ditadores e grupos de poder depostos tentarão lavar dinheiro resultante da pilhagem de cofres estatais ou amealhados por meio de outros atos ilícitos. Leiam:
 

Com o ex-presidente egípcio, Hosni Mubarak, tendo fugido do país, os observadores têm questionado se uma fortuna pessoal de cerca de £ 40 bilhões de libras, foi transferido. O foco agora está também na fortuna de Muammar Kadafi  dos interesses comerciais, o seu paradeiro e sua origem. O problema para as instituições financeiras, porém, é compreender se eles podem ter sido expostos a esses fundos, se associados, amigos ou familiares - que são comumente conhecidos como pessoas politicamente expostas (PEPs) - abriram as contas.
 

Dan Peak, CEO da World-Check, disse que os bancos e outras instituições podem ser completamente inconscientes de que estão aceitando ativos estatais desviados, como muitas vezes são parentes ou associados dos líderes do movimento que deposirtaram o dinheiro ao redor do mundo, ao invés dos próprios ex-dirigentes. 

Peak disse que o fato do Departamento Federal Suíço de Relações Exteriores ter decidido congelar os bens pertencentes a Mubarak cerca de duas horas depois da sua demissão, evitando qualquer risco de apropriação indevida de ativos de propriedade estatal do Egito, e o impacto associado à reputação de aceitar esses fundos, mostra a dimensão do problema e o nível de risco enfrentado pelas instituições financeiras. 

"A realidade é que uma série de bancos, bem como de organizações de outros setores que lidam com ativos de alto valor, não têm a capacidade de identificar o risco oculto, e alguns podem até não saber que ele existe, mas será confrontado com o desafio de reparar sua reputação manchada, caso se verifique que eles têm, mesmo involuntariamente, aceito "ilegitimamente" fundos e se tornar um parceiro relutante em lavagem de dinheiro ", disse Peak.
 
Na sequência da recente mudança de regime na Tunísia, as instituições financeiras globais foram advertidos pelo Financial Crimes Enforcement Network (FinCEN) em aceitar fundos de PEPs que poderiam ser desviados do patrimônio do Estado - ou produto de suborno ou outros pagamentos ilegais.

"A instabilidade política no Oriente Médio é um lembrete de como a corrupção a lavagem de dinheiro e pagamentos ilegítimos podem ser colocadas em setores e mercados em todo o globo e, posteriormente, introduzidos nas finanças legítimas de terceiros.


"As instituições financeiras, em particular, grandes e pequenas, devem garantir que a seleção PEP eficaz é realizada, em todos os momentos. Esta é a única maneira de riscos ocultos poderem ser totalmente identificados e due diligence é particularmente importante em tempos de incerteza política ", disse Dan Peak. 

"A velocidade com que o panorama político no Oriente Médio e Norte da África está mudando proporciona inúmeros desafios para as empresas com negócios na região onde muitos regimes se transformam da noite para o dia." 
Peak disse que a freqüência com que se altera o ritmo de mudança na composição desses governos impõe diariamente a necessidade de uma vigilância reforçada a ser aplicada pelas organizações para garantir que todas as operações sejam monitoradas e rastreadas. 

World-Check é uma empresda de consultoria americana especializada em identificação de riscos regulatórios e de reputação e de reabilitação. Há mais de 10 anos trouxe ao mercado o primeiro banco de dados reconhecidos internacionalmente de PEPs e os indivíduos e entidades de risco elevado. Do site World-Check - em tradução livre do inglês

sábado, fevereiro 19, 2011

DANIEL PIPES: A oportunidade do Egito

Mais uma vez Daniel Pipes analisa de forma minuciosa os acontecimentos do Egito e a nuvem de incerteza que ainda permanece: afinal como as coisas se encaminharão depois que se acalmou o clamor dos protestos de rua com a renúncia de Muabarak? E a indagação mais sombria recai sobre o futuro comportamento da Irmandade Muçulmana, organização tradicional do Egito que se tem esquivado de esclarecer os seus reais propósitos. Pipes também não se furta em fazer uma ácida crítica à desnorteada política externa de Hussein Obama, especialmente aquela voltada ao Oriente Médio. Por isso este artigo de Daniel Pipes, que também pode ser lido no original in english, merece uma atenta leitura porque se trata de análise acurada indo muito além do trivial comumente veiculado pela grande mída. Leiam:
Ainda que os acontecimentos no Egito tenham se desenrolado da melhor maneira possível, as perspectivas sobre o futuro permanecem incertas. A fase empolgante acabou, agora é hora das preocupações.
Comecemos com três notícias boas: Hosni Mubarak, o homem forte do Egito que parecia estar à beira de fomentar um desastre, felizmente renunciou. Os islamistas, que pressionariam o Egito na direção do Irã, tiveram um pequeno papel nos recentes eventos e permanecem longe do poder. E as forças armadas que, nos bastidores, desde 1952 governaram o Egito, é a instituição melhor equipada para adaptar o governo às exigências dos manifestantes.Agora, vamos aos problemas. As forças armadas em si representam o menor dos problemas.
No comando há seis décadas, causaram muita confusão. Tarek Osman, escritor Egípcio, demonstra de maneira eloquente em seu novo livro, Egypt on the Brink: From Nasser to Mubarak (Yale University Press) a rapidez do declínio na posição do Egito. Qualquer que seja o indicador escolhido, desde o padrão de vida até o poder de influência, o Egito de hoje fica aquém do seu antecessor monárquico. Osman compara o Cairo dos anos 50 do século passado à cidade "superpovoada, tipicamente de terceiro mundo" de hoje. Ele também se desespera sobre a maneira em que o país "que já foi marco de tranquilidade … tenha se tornado o solo mais fértil para geração de agressões do Oriente Médio".
A Irmandade Muçulmana representa o maior problema. Fundada em 1928, organização islamista líder no mundo, tem de longa data evitado a confrontação com o governo, esquivando-se em revelar sua ambição em realizar uma revolução islâmica no Egito. O presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad articulou a sua esperança a cerca da revolução, ao reivindicar que devido aos acontecimentos no Egito, "estava emergindo um novo Oriente Médio sem o regime sionista e sem a interferência dos Estados Unidos ". Em uma avaliação amarga, o próprio Mubarak se focou nesse mesmo perigo: "Vemos a democracia que os Estados Unidos lançaram no Irã, e em Gaza com o Hamas, e esse é o destino do Oriente Médio … extremismo e islamismo radical".
De sua parte, a administração dos Estados Unidos ingenuamente não expressou tais preocupações. Barack Obama minimizou a ameaça da Irmandade Muçulmana, chamando-a apenas de "uma facção no Egito", enquanto o diretor do Serviço Nacional de Informações, James Clapper, na realidade elogiou a irmandade com sendo "um grupo muito heterogêneo, consideravelmente secular, que desistiu da violência" que procura "a melhoria da política no Egito".
Esse contrassenso aponta para uma política dos Estados Unidos profundamente desordenada. Em junho de 2009, durante a revolução não concretizada contra o regime hostil do Irã, a administração Obama permaneceu calada, esperando com isso obter a boa vontade de Teerã. Mas com o Sr. Mubarak, um ditador amigo sob ataque, ela efetivamente adotou a impaciente "pauta da liberdade" de George W. Bush, apoiando a oposição. O Sr. Obama aparentemente só encoraja manifestações de rua contra o nosso lado.
Pressão americana, gradual e contínua, reconhecendo que o processo de democratização implica em uma vasta transformação da sociedade e não requer meses e sim décadas, é necessária para abrir o sistema.

O que espera o Egito, será que Irmandade Muçulmana tomará o poder?
Algo marcante, imprevisível e sem precedentes aconteceu nas últimas semanas nas ruas do Egito. Um movimento de massas sem líderes eletrizou um grande número de cidadãos comuns, assim como na Tunísia dias antes. Ele não dirigiu o ódio contra estrangeiros, não fez das minorias egípcias bodes expiatórios, nem endossou uma ideologia radical; em vez disso, exigiu resposabilização, liberdade e prosperidade. Informações chegadas a mim procedentes do Cairo levam a crer numa guinada em direção ao patriotismo, inclusão, secularismo e responsabilidade pessoal.
Para confirmar, veja essas duas pesquisas de opinião: Um estudo realizado em 2008 por Lisa Blaydes e Drew Linzer constatou que 60 porcento dos egípcios sustentam opiniões islamistas. Porém uma pesquisa do Pechter Middle East Poll da última semana constatou que apenas 15 porcento dos cairotas e alexandrinos "aprovam" a Irmandade Muçulmana e cerca de 1 porcento apóia um presidente da irmandade para o Egito. Outro indicador dessa mudança sísmica: a irmandade, em retirada, diminuiu suas ambições políticas, com Yusuf al-Qaradawi chegando a declarar que preservar a liberdade dos egípcios é mais importante do que implementar a lei islâmica.

Ninguém pode dizer nesse estágio inicial de onde veio essa revolução nas atitudes ou para onde está indo, mas ela é a feliz realidade de hoje. A liderança das forças armadas tem o peso da responsabilidade de guiá-la ao bom encaminhamento. Três homens em especial merecem ser observados de perto, o vice-presidente Omar Suleiman, o Ministro da Defesa Mohammed Hussein Tantawi e o Chefe do Estado-Maior Sami Hafez Enan. Logo veremos se a liderança das forças armadas aprendeu e amadureceu e, se compreendeu que continuar prosseguindo em busca de seus interesses egoístas levará a mais deterioração.

sábado, fevereiro 12, 2011

OPOSIÇÃO NO IÊMEN TAMBÉM PROTESTA

Milhares de pessoas foram neste sábado às ruas da capital do Iêmen, Sanaa, exigindo que o presidente do país, Ali Abdullah Saleh, deixe o cargo, em mais um ato inspirado pela onda de protestos que derrubou o governo do Egito.
Os ativistas, que pediam uma revolução no país árabe, chegaram a entrar em confronto com um grupo favorável ao presidente, em frente à Universidade de Sanaa. Há relatos de que as forças de segurança também se envolveram no enfrentamento.
No último dia 2, Ali Abdullah Saleh --que está no poder do Iêmen unificado desde 1990-- afirmou que não irá tentar estender o seu mandato, que termina em 2013, em meio aos protestos pró-democracia no mundo árabe.
Mesmo assim, um dia depois, mais de 20 mil manifestantes foram às ruas de Sanaa pedindo a renúncia imediata do presidente.
Em janeiro, Saleh propôs uma emenda constitucional que permitiria sua reeleição no pleito previsto para 2013. Isto deu início a uma onda de manifestações, exigindo um governo mais democrático e reformas que melhorem a situação econômica do país.
O governo de Saleh enfrenta acusações de corrupção e de concentração de poder em torno de seu clã. O partido governista, o Congresso Geral do Povo, tem ampla maioria no Parlamento.
ALIADO OCIDENTAL
Ali Abdullah Saleh assumiu a Presidência da República Árabe do Iêmen (ou Iêmen do Norte) em 1978, por meio de um golpe militar. Em 1990, ele tornou-se presidente da nova república, criada a partir a fusão entre os Iêmens do Norte e do Sul.
Saleh colaborou com os Estados Unidos na chamada guerra ao terror, durante o mandato de George W. Bush. A grande presença de militantes da rede Al Qaeda, que ameaça frequentemente o regime, é uma das maiores preocupações do governo.
As duas eleições que Saleh venceu --em 1999 e 2006-- foram marcadas por acusações de fraude por parte da oposição. Do portal Folha.com

MEU COMENTÁRIO: Vamos aguardar para ver se esses protestos também ocorrerão no Irã, Coréia do Norte, Gaza, China, Cuba e por aí vai...

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

DANIEL PIPES: ISLÃ E DEMOCRACIA (ANÁLISE SOBRE POSSÍVEIS DESDOBRAMENTOS DA CRISE EGÍPCIA)

Transcrevo após este prólogo artigo de Daniel Pipes, que é uma autoridade nos assuntos respeitantes ao Oriente Médio. Já postei mais abaixo outros artigos de Pipes analisando a crise egípcia. Este artigo foi editado creio que ontem quinta-feira, portanto um dia antes da queda do ditador Hosny Mubarak, ocorrida nesta sexta-feira.
A verdade é que o grosso do noticiário da grande imprensa brasileira e internacional é insuficiente quando não resvala para uma visão esquerdóide e otimista quando se sabe que a realidade não é bem essa que certo jornalismo costuma propalar. Dei uma olhada também há pouco na Globo News e ouvi muita cascata e pouca informação que permita estabelecer como razoável margem de segurança as bases de uma análise mais consistente. Quando se tem um imprensa que ouve a opinião do Top Top Garcia comprova-se que as redações estão controladas pela idiotia esquerdista anti-americana e antissemita.
O que é certo é que neste momento qualquer previsão sobre o destino institucional e político do Egito é temerária. O único dado concreto é que o Egito, como a maioria dos países árabes é dominado pelo fanatismo islâmico que de democrata não tem nada. Concordo por isso com as análises que vêm sendo formuladas por Daniel Pipes, como esta que transcrevo. A tradução para o português é de  Joseph Skilnik. O texto no original, intitulado 'Islã e democracia -Muito trabalho pela frente', também pode ser acessado no original em inglês  aqui: in english. Eis o artigo:
Com as furiosas manifestações contra o regime no Egito e a possibilidade de um novo governo liderado ou com a participação da Irmandade Muçulmana, muitos estão se perguntando se o islamismo é compatível com a democracia. A resposta é sim, potencialmente, mas requererá muito trabalho para se tornar realidade.

No momento a realidade está longe de ser animadora, posto que a tirania aflige a maioria dos países muçulmanos. Frederic L. Pryor do Swarthmore College concluiu em uma análise realizada no Middle East Quarterly em 2007 que, salvo algumas exceções, o "islamismo está associado com menos direitos políticos."Saliba Sarsar avaliou a democratização em 17 países de língua árabe e, escrevendo na mesma revista, percebeu que "entre 1999 e 2005… na maioria dos países não somente houve falta de progresso como também a reforma se deteriorou por todo o Oriente Médio".

Quão fácil seria partir desse padrão lúgubre e concluir que a própria religião do Islã deve ser a causa do problema. A antiga falácia post hoc, ergo propter hoc ("depois disso, logo, por causa disso") sustenta essa conclusão simplista. Na realidade, a situação difícil em que as ditaduras, a corrupção, a crueldade e a tortura se encontram hoje resultam mais da evolução histórica específica do que do Alcorão ou de outras escrituras sagradas.

Há meio milênio, não havia democracia em lugar algum; o fato dela ter aparecido na Europa Ocidental foi consequência de muitos fatores, inclusive na esfera da herança Greco-Romana, provocando tensões do gênero "Dê a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus", específicas ao cristianismo, geografia, clima e progressos chave nos campos da tecnologia e da ciência política. Nada houve de predestinado no que diz respeito a Grã-Bretanha e depois os Estados Unidos terem liderado o caminho para a democracia.

Posto de outra forma: é claro, o Islã é antidemocrático em espírito, mas também o eram todas as outras religiões e sociedades pré-modernas.

Assim como o cristianismo passou a fazer parte do processo democrático, o mesmo poderá acontecer ao islamismo. Essa transformação certamente será violenta e exigirá tempo. A evolução da Igreja Católica, de força reacionária no período medieval em democrática hoje, evolução ainda não inteiramente concluída, está em desdobramento há 700 anos. Uma vez que demorou tanto tempo para uma instituição estabelecida em Roma, por qual razão deveria uma religião de Meca, repleta de escrituras sagradas singularmente problemáticas, ser mais rápida ou menos controversa?

Para o Islã incentivar a participação política implicaria numa guinada gigantesca no que tange a abordarem, especialmente com respeito a Sharia, seu código de leis. Elaborada há cerca de um milênio em circunstâncias quase tribais, operando em um éthos extremamente diferente do atual, o código contém uma gama de elementos excepcionalmente inaceitáveis à suscetibilidade moderna, incluindo ideias antidemocráticas a respeito da vontade de Deus prevalecer sobre a do povo, jihad militar como meio legítimo para expandir as leis dos muçulmanos, superioridade dos muçulmanos sobre os não muçulmanos e a dos homens sobre as mulheres.

Em suma, não é possível conciliar a Sharia conforme compreendida classicamente com a vida moderna em geral e com a democracia em particular. Para os muçulmanos, alcançar a participação política significa rejeitar os aspectos públicos da lei em sua totalidade – como Atatürk fez na Turquia – ou reinterpretá-los. O pensador sudanês Mahmud Muhammad Taha apresentou um exemplo de reinterpretação ao reler as escrituras sagradas islâmicas e de maneira extensiva eliminou as leis islâmicas perniciosas.

O Islã continua mudando, portanto é um erro insistir que a religião deve ser o que sempre foi. Conforme coloca Hassan Hanafi da Universidade do Cairo, o Alcorão "é um supermercado, onde se leva o que se deseja, e se deixa o que não se deseja".

Atatürk e Taha à parte, os muçulmanos mal começaram a longa e árdua jornada para modernizar o Islã. Além das dificuldades inerentes de se reformar uma ordem do século VII com o intuito de ajustá-la ao éthos do século XXI dominado pelo Ocidente, o movimento islamista que hoje domina a vida intelectual muçulmana, catalisa precisamente na direção oposta à democracia. Em vez disso, luta para reativar a Sharia em sua totalidade e aplicá-la com extremo rigor, sem levar em conta o desejo da maioria.

Alguns islamistas condenam a democracia como herética e uma traição aos valores islâmicos e, os mais inteligentes, percebendo sua enorme popularidade, adotaram a democracia como mecanismo para tomar o poder. Seu sucesso em um país como a Turquia não transforma os islamistas em democratas (i.e., estarem dispostos a ceder o poder) e sim demonstra sua disposição em adotar qualquer tática que lhes traga o poder.

Sim, com muito esforço e tempo, os muçulmanos poderão ser tão democráticos quanto os ocidentais. Mas nesse momento, são os menos democráticos dos povos e o movimento islamista apresenta um enorme obstáculo à participação política. No Egito como em qualquer outro lugar, meu otimismo teórico, em outras palavras, está temperado com um pessimismo baseado nas realidades presentes e futuras.


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sábado, fevereiro 05, 2011

DIPLOMATA ISRAELENSE FAZ ANÁLISE SENSATA SOBRE CRISE EGÍPCIA E DENUNCIA O IRRESPONSÁVEL DESATINO DE OBAMA

Há uma boa entrevista na Folha de São Paulo deste sábado, concedida pelo diplomata israelense Dan Gillermann. Recomendo a leitura para quem deseja ter uma visão mais clara e realista sobre o que ocorre no Egito e qual é o caminho mais sensato a ser tomado. E, como era de se esperar, os Estados Unidos sob batuta podre do politicamente correto Hussein Obama, já cometeu um desatino.  Vale a pena ler esta entrevista do experiente Dan Gillermann:
O presidente dos EUA, Barack Obama, teve uma reação amadora e prematura ao defender a saída do ditador Hosni Mubarak, o que fez aumentar a incerteza no Egito.
A opinião é de Dan Gillerman, embaixador de Israel na ONU entre 2002 e 2008, que conhece bem os personagens cotados para conduzir o Egito pós-Mubarak.
Ela reflete a ansiedade da maioria dos israelenses, sobretudo pela possibilidade de o poder cair nas mãos da Irmandade Muçulmana.
Para Gillerman, o Egito não está pronto para a democracia, e a saída mais segura da crise é uma transição gradual sob chefia do Exército.

Folha - Dos cenários, qual o melhor para Israel?
Dan Gillerman - O melhor cenário, não só para Israel mas também para o Egito e a região, é transição cuidadosa e gradual. Não se faz democracia do dia para a noite. O Egito não tem nem a cultura nem as instituições para isso.
O melhor seria um período de transição em que o Exército, liderado pelo general Omar Suleiman, levasse a um regime democrático. Conheço bem Suleiman e o respeito muito, ele tem vasta experiência e seria um bom nome para a transição. Mas cabe aos egípcios decidir.

Como o sr. avalia o comportamento dos EUA?
O presidente Obama cometeu um grande erro logo no início ao descartar tão rápido o presidente Mubarak, deixando-o à deriva. É uma mensagem extremamente perigosa para outros aliados dos EUA, que também temerão ser abandonados.
Se um aliado como Mubarak, com tantos anos de cooperação com os EUA, pode ser descartado do dia para a noite, o que outros países podem esperar? Obama teve uma reação prematura e amadora. Contribuiu muito para aumentar a incerteza.
O Oriente Médio vive hoje um terremoto, seu momento mais perigoso e dramático em 40 anos. Se o Egito cair nas mãos de extremistas, como a Irmandade Muçulmana, a situação ficará terrível, especialmente para Israel, que já tem o Hamas em Gaza e o Hizbollah no Líbano, mas também para a região inteira.

O sr. considera provável que o Egito pós-Mubarak seja controlado pela Irmandade?
Não parece haver liderança organizada por trás da revolta no Egito. As duas únicas forças organizadas no país são o Exército e a Irmandade Muçulmana. Por isso, tudo depende muito do Exército. Se a Irmandade prevalecer, acho que será péssimo para o Egito -não creio que seja algo que a maioria da população deseje.

O acordo de paz entre Israel e Egito corre perigo?
Espero que não. O mesmo medo surgiu há 30 anos, quando o presidente Anwar Sadat foi assassinado. Muitos apostavam na revogação do acordo, que não ocorreu.
Se a Irmandade chegar ao poder o risco aumenta, pois eles já defenderam a revogação. Seria um erro terrível para o Egito e todo o Oriente Médio; esse acordo é um pilar da estabilidade regional.

Mohamed ElBaradei, que surge como possível liderança, sempre foi muito crítico a Israel. Com ele no poder as relações mudariam?
Conheço bem ElBaradei, trabalhei com ele quando era chefe da Agência Internacional de Energia Atômica e acho que ele poderia ter sido mais eficiente para evitar que o Irã desenvolvesse seu programa nuclear. Se chegar ao poder, espero que mantenha uma posição responsável também em relação a Israel.

Israel sempre criticou os vizinhos pela falta de democracia. Não deveria estar apoiando esse movimento?
Se o Egito se tornar um país democrático, será ótimo, mas o processo deve ser conduzido com extremo cuidado. Espero que a região caminhe para a democratização, mas há um risco enorme de que vá para o lado oposto, a radicalização islâmica.
Infelizmente, quando olhamos o mundo árabe, não vemos uma única democracia. Ao mesmo tempo, sabemos o que aconteceu com os palestinos. Quando houve eleições, em vez de criar democracia, levaram ao poder o Hamas, um grupo terrorista que não aceita o diálogo.

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

DANIEL PIPES: Violentos protestos no Egito [A análise de um expert em Oriente Médio]

Transcrevo na íntegra análise de Daniel Pipes, expert em questões relacionadas ao Oriente Médio, sobre a rebelião que vem ocorrendo no Egito. A tradução é assinada por Joseph Skilnik. Não tenho me ocupado em comentar a respeito porque noto insufiência nas informações veiculadas pela grande mídia internacional. Neste caso, o artigo de Daniel Pipes, conceituado analista internacional, joga alguma luz sobre a crise egípcia e seus possíveis desdobramentos. O original em inglês está aqui: Turmoil in Egypt. Vale a pena ler:
Conforme o já muito antecipado momento de crise ter chegado ao Egito e rebeliões populares terem abalado governos por todo o Oriente Médio, o Irã encontra-se mais do que nunca no ponto central da região. Seus governantes islamistas estão prestes a dominar a região. Porém é difícil as revoluções terem sucesso e eu imagino que os islamistas não irão atingir um avanço extraordinário no Oriente Médio e que Teerã não irá surgir como o mais influente. A seguir apresento o que me leva a essa conclusão:
Gen. Omar Suleiman
Um eco da revolução iraniana: Ao chegar ao poder em 1979, o Aiatolá Ruhollah Khomeini procurou espalhar a insurreição islamista a outros países, mas fracassou praticamente em todas. Parece que três décadas tiveram que passar antes que a imolação de um vendedor em uma obscura cidade na Tunísia, pudesse acender a conflagração à qual Khomeini aspirava e que as autoridades iranianas ainda almejam.

Parte de uma guerra fria no Oriente Médio: O Oriente Médio tem por anos sido dividido em dois grandes blocos envolvidos em uma guerra fria pela conquista da influência. O bloco de resistência liderado pelo Irã inclui a Turquia, Síria, Gaza e o Catar. O bloco do status quo liderado pela Arábia Saudita inclui o Marrocos, Argélia, Tunísia, Egito, Cisjordânia, Jordânia, Iêmen e os emirados do Golfo Pérsico. Observe que nos últimos dias o Líbano está passando do status quo para a resistência e que os tumultos estão ocorrendo somente nas regiões do status quo.

A situação peculiar de Israel:
Os líderes israelenses estão calados e a quase irrelevância de Israel nesse aspecto enfatiza a centralidade iraniana. Embora Israel tenha muito a temer com os ganhos iranianos, eles simultaneamente realçam o estado judeu como uma ilha de estabilidade e o único aliado confiável do Oriente Médio.

Falta de ideologia: O uso de slogans e de teorias de conspiração que dominam o discurso no Oriente Médio estão visivelmente ausentes das multidões reunidas em frente a instituições governamentais exigindo o fim da estagnação, arbitrariedade, corrupção, tirania e tortura.

Forças armadas vs. Mesquita:
Os recentes acontecimentos confirmam que as mesmas duas forças, as forças armadas e os islamistas, dominam cerca de 20 países do Oriente Médio: as forças armadas posicionam a força bruta e os islamistas fornecem a visão. Há exceções – a esquerda vibrante na Turquia, facções étnicas no Líbano e no Iraque, democracia em Israel, controle do Irã pelos islamistas – mas aquele padrão se mantém.

Iraque: O país mais volátil da região, o Iraque, está ostensivamente ausente das manifestações pelo fato da sua população não estar enfrentando décadas de autocracia.

Um golpe militar?
Os islamistas desejam repetir o sucesso no Irã aproveitando-se dos tumultos com o intuito de tomarem o poder. A experiência da Tunísia merece um exame minucioso em busca de um padrão que poderá se repetir em outro lugar. Lá a liderança militar aparentemente concluiu que o homem forte, Zine El Abidine Ben Ali, estava saindo muito caro – especialmente com a gritante corrupção da família da sua esposa – para ser mantido no poder, de modo que o expulsaram e além disso emitiram um mandado de captura internacional para a sua detenção e da sua família.

Feito isso, praticamente toda a antiga guarda permanece no poder, com o mais graduado oficial militar, Chefe do Estado-Maior Rachid Ammar, aparentemente tendo substituído Ben Ali como o homem mais influente do país. A velha guarda espera que administrar ajustes finos ao sistema, conceder mais direitos civis e políticos irá ser o suficiente para se manter no poder. Se essa artimanha der certo, a aparente revolução de meados de janeiro irá terminar como um mero coup d'état.

Esse cenário poderia se repetir em qualquer lugar, especialmente no Egito onde os soldados dominam o governo desde 1952 e tencionam manter o seu poder contra a Irmandade Muçulmana que eles têm reprimido desde 1954. A nomeação de Omar Suleiman pelo homem forte Sr. Hosni Mubarak termina com as pretensões dinásticas da família Mubarak e aumenta a perspectiva da renúncia de Mubarak em favor de um governo militar direto. 


De maneira geral, eu aposto no modelo de mais continuidade do que mudança, que surgiu na Tunísia até agora. O governo mão de ferro será um tanto menos rigoroso no Egito e em outros lugares mas os militares em última análise permanecerão os mais influentes.

Política externa dos Estados Unidos: O governo dos Estados Unidos tem um papel vital no que se refere a ajuda aos estados do Oriente Médio para que passem da tirania à participação política sem que os islamistas se apoderem do processo. George W. Bush teve a ideia certa em 2003 ao pedir democracia, mas arruinou o esforço exigindo resultados imediatos. Inicialmente Barack Obama reverteu a velha política de congraçamento com tiranos; agora ele alinha-se cegamente com os islamistas contra o Sr. Mubarak. Ele deveria imitar Bush, porém com melhores resultados, compreendendo que a democratização é um processo que leva décadas, que requer a fixação de ideias que se contraponham às ideias intuitivas sobre eleições, liberdade de expressão e estado de direito.

quinta-feira, janeiro 06, 2011

DANIEL PIPES: Abertura na Arábia Saudita?

Expert em Oriente Médio, o escritor, ensaísta e colunista internacional Daniel Pipes fala sobre o caldeirão do poder que ferve em fogo brando na Arábia Saudita. "Em suma - observa Pipes -  os árabes estão em pleno debate, com o curso futuro da reforma ainda imprevisível. A elite e a opinião pública não apenas desempenham um papel, mas para complicar as coisas muito depende da peculiaridade, da longevidade e da personalidade – em especial, por quanto tempo Abdullah, 86, permanecerá no poder e se seu meio irmão, príncipe herdeiro, Sultão bin Abdulaziz, 82, irá sucedê-lo." Vale a pena ler o artigo aqui na íntegra com tradução de Josephe Skinilk. Read the article in the original English 

No dia 1 de janeiro de 1996, Abdullah bin Abdulaziz se tornou regente e soberano de fato da Arábia Saudita. Esse 15º aniversário que acontece nessa semana apresenta a oportunidade de se revisar as mudanças no reino sob a sua liderança e avaliar para onde está indo.

Abdullah, o rei, 86 anos
O seu país talvez seja o mais incomum e opaco do planeta, um lugar sem uma casa pública de cinema, onde as mulheres estão proibidas de dirigir, onde os homens vendem lingerie, onde um simples botão do sistema de auto destruição pode destruir a infraestrutura do petróleo e onde os soberanos rejeitam até a pátina da democracia. Em seu lugar, eles desenvolveram alguns mecanismos com o objetivo de se manterem no poder, extremamente originais e eficientes.
Três atributos definem o regime: o controle das cidades de Meca e Medina, a homologação da interpretação Wahhabi do Islã e o controle da maior reserva de petróleo do mundo. O Islã define a identidade, o Wahhabismo inspira ambições globais, a riqueza do petróleo financia o empreendimento.
De forma mais intensa, riqueza sem avareza permite aos sauditas lidarem com a modernidade do seu próprio modo. Desprezam paletó e gravata, excluem as mulheres da área de trabalho e até esperam substituir o Horário do Meridiano de Greenwich pelo Horário do Meridiano de Meca.
Não faz muitos anos, a principal contenda no reino era entre a versão monárquica e a versão talibã do Wahhabismo – a interpretação extremada e a versão fanática do Islã. Mas hoje, graças em grande parte aos esforços de Abdullah em "domar o fervor Wahhabi", o mais retrógrado dos países deu alguns passos cautelosos para ingressar no mundo moderno. Esses esforços têm muitas dimensões, desde a educação infantil até os mecanismos para a escolha de líderes políticos, porém, provavelmente, a mais crucial é a luta entre os ulemás, homens versados em leis e religião muçulmana, entre reformistas e linhas dura.
Os termos arcanos dessa disputa tornam-na difícil de ser compreendida. Felizmente, Roel Meijer, holandês especialista em Oriente Médio, apresenta um guia especializado quanto aos argumentos que ocorrem no reino, em seu artigo "Reforma na Arábia Saudita: O Debate Sobre a Segregação Entre os Sexos". Ele demonstra como a mistura dos sexos (ikhtilat em árabe) inspira o debate central sobre o futuro do reino e de que maneira esse debate tem evoluído.
O rigor atual com respeito à separação entre os sexos, observa ele, reflete menos os costumes antigos do que os sucessos do movimento Sahwa na esteira de dois eventos traumáticos em 1979 – a revolução iraniana e a tomada da Grande Mesquita de Meca por radicais do estilo Osama bin Laden.
Abdulaziz, o herdeiro, 82 anos
Quando Abdullah se tornou formalmente monarca em meados de 2005, introduziu solenemente um afrouxamento do que os críticos chamam de apartheid dos sexos. Ocorreram dois eventos importantes em 2009 no que tange maior ikhtilat: a mudança dos funcionários do alto escalão do governo ocorrida em fevereiro e a inauguração da Universidade de Ciência e Tecnologia Rei Abdullah (conhecida como KAUST) em setembro, com classes ostentosamente mistas e até com danças.
Seguiu-se então o debate sobre o ikhtilat, com entrevero entre os membros da casa real, autoridades políticas, ulemás e intelectuais. "Embora a posição das mulheres tenha melhorado desde o 11 de setembro, o ikhtilat demarca as linhas da batalha entre os reformistas e os conservadores [i.e., linhas dura]. Qualquer tentativa em diminuir a sua aplicação é considerada um ataque direto à posição dos conservadores e do próprio Islã".
Meijer conclui sua pesquisa sobre o debate ao denotar que "é extremamente difícil determinar se as reformas estão tendo sucesso e se os liberais ou os conservadores estão obtendo vitórias. Embora a tendência geral seja favorável aos reformistas , a reforma é gradual, hesitante, duvidosa e encontra forte resistência".
O estado sob Abdullah promoveu um Islã mais aberto e mais tolerante, mas argumenta Meijer, "fica óbvio, a partir do debate do ikhtilat, que a batalha não foi vencida. Muitos sauditas estão fartos com a desenfreada interferência das autoridades religiosas em suas vidas e até se pode falar de um movimento contra o clero. Contudo, os liberais se expressam em uma linguagem alienígena ao mundo do Wahhabism de caráter oficial e à maioria dos sauditas, tornando-se muito difícil influenciá-los".
Em suma, os árabes estão em pleno debate, com o curso futuro da reforma ainda imprevisível. A elite e a opinião pública não apenas desempenham um papel, mas para complicar as coisas muito depende da peculiaridade, da longevidade e da personalidade – em especial, por quanto tempo Abdullah, 86, permanecerá no poder e se seu meio irmão, príncipe herdeiro, Sultão bin Abdulaziz, 82, irá sucedê-lo.
A Arábia Saudita, sendo um dos países muçulmanos mais influentes do mundo, os riscos envolvidos são muito altos, não somente dentro do reino mas também para o Islã e para os muçulmanos em geral. Esse debate merece nossa total atenção.

quinta-feira, dezembro 30, 2010

APOIAR ISRAEL É DEFENDER A LIBERDADE E A DEMOCRACIA, OS SAGRADOS VALORES DA CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL!


A maioria dos antissemitas não sabe nem onde fica o Oriente Médio e não faz a menor idéia do tamanho do Estado de Israel. Vendo as dimensões dos países árabes com suas extraordinárias jazidas de petróleo, suas vastas áreas de terra é de se indagar: por que os países árabes não concedem um local para abrigar o tal Estado Palestino? Comparem o tamanho do território israelense com os territórios da Líbia, Egito, Arábia Saudita, Sudão, Iraque e Irã. Além disso a população de judeus somando-se os que vivem em Israel e em outros país é um grão de areia quando se sabe que a população do planeta anda ao redor de quase 7 bilhões! Os judeus, pasmem, significam 0,2%: Em 2010, a população judaica mundial foi estimada em 13,4 milhões, ou aproximadamente 0,2% do total da população mundial. Cerca de 42% de todos os judeus residentes em Israel e cerca de 42% residem no Estados Unidos e Canadá , com a maioria dos que vivem no resto da Europa. 

Israel é um país tão pequenino que fica difícil de enxergá-lo num mapa com a escala em que aparece neste vídeo. Israel é uma ilha de democracia e liberdade cercada das ditaduras mais ferozes e sangrentas que existem no planeta. Representa um oásis num deserto de idéias e repleto de iniqüidades, atraso e estupidez que é o Oriente Médio.

Mas os algozes de Israel e do povo judeu não estão situados apenas no Oriente Médio. Há um movimento global contra Israel que se esconde nos falsos discursos de Obama e Hillary Clinton; na estupidez da União Européia que acolhe terroristas arábes-islâmicos e silencia ante a invasão bárbara do Ocidente pelo deletério islamismo com seus fanáticos que desejam destruir a civilização ocidental.

Além da Europa e dos denominados 'liberais' americanos que conspiram contra Israel, o antissemitismo também cresce na América Latina, principalmente depois que partidos esquerdistas como PT do Lula, chegaram ao poder. Veja-se a Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua, por exemplo, locus da peste antissemita. Nao é à toa que esses paises que listei são ditaduras comunistas.

Embora a maioria da população brasileira ainda não tenha se rendido - falta pouco - para à sanha comunista de Lula e seus sequazes, também no Brasil a ignorância em relação ao Oriente Médio e Israel é brutal. E essa ignorância é turbinada pela doutrinação esquerdista que domina a maior parte das instituições de ensino. E acreditem: todos os esquerdistas são antissemitas e eles já aparelharam todas as redações da grande mídia (exceção da revista Veja) e também as escolas e universidades. Principalmente nas áreas de Ciências Humanas os esquerditas antissemitas se encarregam de entorpecer a mente dos jovens com a cantilena antissemita e não titubeiam em pisotear os valores mais caros da civilização ocidental.

Só para terem uma idéia, aqui em Florianópolis, na Universidade Federal de Santa Catarina há um "Círculo Bolivariano" que apóia o tirano antissemita Hugo Chávez.

O que alinhei aqui neste post é apenas a ponta do iceberg antissemita que vai emergindo de forma aterradora e estúpida e avançando para a destruição do mundo ocidental.

Como tenho afirmando aqui no blog, Israel, esse pequenino país, transformou-se na última cidadela de defesa dos valores da civilização ocidental. E estejam certos, não vacilará em defender-se de seus agressores e o fazendo derramará a sua bênção de liberdade sobre o mundo Ocidental.

Hipoteco aqui o meu irrestrito apoio ao Estado de Israel e ao povo judeu. Refiro-me aos verdadeiros judeus e não àqueles renegados que cospem no prato onde comem e falam em paz com os seus próprios algozes.

Atenção: Não deixe de visitar os sites Middle-East-Info-Org 

terça-feira, dezembro 14, 2010

DANIEL PIPES: Ducha de água fria no WikiLeaks

O escritor e ensaísta americano Daniel Pipes, expert em Oriente Médio e Islã, revela a partir de um dos 'cables' vazados pelo WikiLeaks, como a diplomacia árabe-islâmica usa a estratégia da trapaça, ou seja, para os diplomatas ocidentais diz uma coisa e para o seu público interno outra completamente diferente e voltada a açular o estado de beligerância permanente contra o Ocidente e, particularmente, contra os Estados Unidos, Israel e o povo judeu. Vale a pena ler o artigo denso em informações e links. Leiam:
De todas as revelações do WikiLeaks, a mais fascinante é a que revela que vários líderes árabes exortaram o governo americano a atacar as instalações nucleares iranianas. Mais notoriamente, o Rei Abdullah da Arábia Saudita solicitou a Washington que "cortasse fora a cabeça da cobra". De acordo com o consenso quase universal, essas declarações desmascaram a política dos sauditas e de outros políticos.
Mas, será que é necessariamente assim? Há duas razões para dúvidas.
Primeira, conforme observa de forma astuta Lee Smith, os árabes poderiam meramente estar dizendo aos americanos o que eles acreditam que os americanos queiram ouvir: "Nós sabemos o que os árabes dizem aos diplomatas e aos jornalistas a respeito do Irã", escreve ele, "mas nós não sabemos o que eles realmente pensam sobre o seu vizinho persa". Seus apelos poderiam fazer parte de um processo de diplomacia, que envolve espelhar os receios e desejos do seu aliado como se fossem seus próprios. Assim sendo, quando os sauditas alegam que os iranianos são seus inimigos mortais, os americanos tendem a aceitar sem reservas esse compartilhamento de interesses; contudo, sustenta Smith, "as palavras proferidas pelos sauditas aos diplomatas americanos não têm a intenção de nos fornecer uma janela transparente adentro do pensamento da Casa Real e sim para nos manipular com o objetivo de servir aos interesses da Casa de Saud". Como podemos saber se eles estão dizendo a verdade apenas baseando-nos no fato de gostarmos do que eles estão dizendo?
Nasser,notório trapaceiro
Segunda, como julgar a discrepância entre o que os líderes árabes dizem aos seus interlocutores Ocidentais sotto voce e o que eles alardeiam para as suas massas? Observando o costume a partir dos anos 30 do século passado, eu notei em uma pesquisa realizada em 1993 que sussurros têm menos importância do que gritos: "Pronunciamentos públicos contam mais do que comunicações privadas. Nenhuma das duas fornece um guia infalível, pelo fato dos políticos mentirem tanto em público quanto em particular, mas o primeiro prevê melhor as ações que o segundo".
O conflito árabe israelense, por exemplo, teria acabado há muito tempo se fossemos acreditar nas confidências relatadas aos Ocidentais. Veja o exemplo de Gamal Abdel Nasser, o homem forte do Egito de 1952 a 1970, que foi incontestavelmente o político que arrastou Israel para a permanente obsessão das ações políticas do Oriente Médio.
Segundo Miles Copeland, agente da CIA que tinha ligação com Abdel Nasser, o presidente egípcio considerava a questão palestina "irrelevante". Contudo, em público Abdel Nasser promovia de forma incessante o seu programa antissemita, gerindo-o de tal maneira a se tornar o líder árabe mais poderoso da sua era. Suas confidências a Copeland, em outras palavras, acabaram se mostrando inteiramente ludibriantes.
O mesmo padrão se aplica às peculiaridades. Ele falava em particular com diplomatas Ocidentais sobre a sua disposição em negociar com Israel; mas ao discursar para o mundo, rejeitava a própria existência do estado judeu bem como qualquer acordo com ele. Por exemplo, após a guerra de 1967, Abdel Nasser sinalizou secretamente aos americanos sua disposição em assinar um acordo de não beligerância com Israel "com todas as suas consequências", enquanto que publicamente rejeitava negociações e insistia que "Aquilo que foi conquistado pela força será recuperado pela força". A declaração pública, como de costume, definia a sua real política.
Os gritos de Abdel Nasser não só ofereciam uma orientação mais precisa sobre suas ações do que seus sussurros, como ele próprio admitiu tacitamente, dizendo a John F. Kennedy que "alguns políticos árabes estavam fazendo declarações públicas hostis quanto à Palestina e em seguida contatavam o governo americano para suavizar sua aridez ao expor que suas declarações eram dirigidas ao consumo árabe local". Desse modo Abdel Nasser descrevia com precisão seu próprio comportamento.
Arafat: mestre da empulhação
Contrariamente, ao falarem em particular, não aos Ocidentais e sim aos seus compatriotas, os líderes árabes às vezes revelavam a verdade. De maneira memorável, o líder palestino Iasser Arafat, assinou em público os Acordos de Oslo em 1993 reconhecendo Israel, mas expressou suas verdadeiras intenções em particular quando apelou aos muçulmanos em uma mesquita na África do Sul "a virem e lutarem e a iniciarem a jihad para libertar Jerusalém".
É intuitivo privilegiar o confidencial sobre o manifesto e o privado sobre o público. Entretanto, a política do Oriente Médio mostra repetidamente que se sai melhor aquele que lê os comunicados da imprensa e ouve os discursos do que os que confiam nos telegramas diplomáticos. Opiniões comunicadas confidencialmente podem ser mais sinceras, mas como observa Dalia Dassa Kaye da Rand Corporation", o que os líderes árabes dizem às autoridades dos Estados Unidos e o que eles podem fazer nem sempre bate". As massas ouvem as diretrizes; as autoridades Ocidentais de alto nível ouvem a sedução.
Essa regra prática explica porque observadores distantes frequentemente vêem o que a diplomacia e os jornalistas próximos não conseguem enxergar. Isso também levanta dúvidas sobre a utilidade da avalanche de dados do WikiLeaks. No final, ele pode nos atrapalhar mais do que esclarecer sobre o que sabemos da política dos árabes. Tradução: Joseph Skilnik READ in english


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