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sábado, abril 16, 2011

DISPARADA DA INFLAÇÃO AGITA A BOLÍVIA

Morales distante dos distúrbios: pausa para descanso
Episódios de violência marcaram nesta sexta-feira o nono dia de protestos na Bolívia, onde trabalhadores de várias categorias querem que o governo conceda um aumento salarial maior do que o já prometido.
A central sindical Central Operária Boliviana (COB) convocou por tempo indeterminado uma greve geral, que conta com a participação de mineiros, professores, profissionais da saúde e da área rural.
Em La Paz, sede do governo e cidade mais populosa, manifestantes interromperam o trânsito em alguns pontos e forçaram a suspensão das linhas de ônibus intermunicipais.
Ocorreram choques entre professores rurais e policiais na estrada que liga La Paz ao Estado de Oruro.
A TV ATB afirmou que, em Oruro, policiais lançaram gás lacrimogêneo e os manifestantes usaram dinamites, pedras e garrafas no confronto com as forças de segurança.
O uso de dinamite é comuns nos protestos bolivianos, especialmente por mineiros. O explosivo também simbolizou os protestos liderados pelo presidente Evo Morales, com apoio da COB, antes de chegar à Presidência, em 2006.
Em vários pontos do país também houve bloqueio de estradas.
INFLAÇÃO
Segundo a imprensa local, as manifestações desta sexta-feira foram maiores do que as de outros dias. A edição online do jornal "La Razón", por exemplo, afirmou que "o conflito entre COB e governo se torna violento e se espalha pelo país".
Em uma reunião com representantes dos governo no início da semana, os manifestantes se negaram a aceitar um acordo, condicionando isso à presença de Morales na mesa de negociações.
A explicação oficial do governo para a ausência de Morales é que o presidente estava "participando de atividades locais" no Estado de Tarija (sul do país).
O governo propôs um aumento de salarial 10%, mas os manifestantes exigem reajuste de 15%, alegando a alta inflacionária.
O ministro das Comunicações, Ivan Canelas, disse nesta sexta-feira que o governo voltou a convocar os líderes do movimento para uma negociação na quinta-feira, "mas eles não compareceram".
De acordo com a agência de notícias oficial boliviana ABI, Canelas disse que "os ministros mantêm disposição para o diálogo". 
A agência disse também que Morales já teria se reunido com manifestantes, mas sem sucesso. Do portal da Folha de S. Paulo

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Ditadura chinesa teme levante popular por liberdade e acusa 'forças ocidentais hostis'

Sob o impacto da sucessão de revoltas contra regimes autoritários no mundo árabe, um dirigente do Partido Comunista chinês afirmou ontem que o governo de Pequim enfrenta um período turbulento de instabilidade doméstica, agravado pela atuação de "forças ocidentais hostis" que tentam interferir em assuntos internos da China e dividir o país.
Desde o fim da semana passada, vários líderes comunistas alertaram para o aumento de conflitos no país, defenderam uma melhor "gestão social" para administrá-los e ressaltaram a necessidade de intensificar a censura na internet.
No sábado, o presidente Hu Jintao disse em seminário que reuniu toda a cúpula do Partido Comunista que a China ainda está em um estágio de desenvolvimento no qual "muitos conflitos" devem emergir e reconheceu que a capacidade do governo de solucioná-los continua "frágil".
Ontem, a revista Outlook Weekly, editada pela agência oficial de notícias Nova China, trouxe declarações do vice-secretário-geral do comitê de assuntos políticos e legislativos do Partido Comunista, Chen Jiping, segundo o qual os conflitos que "afetam a estabilidade social" continuarão a existir no futuro previsível.
Para Chen, "forças ocidentais hostis" usam o pretexto de defesa de direitos para interferir em assuntos internos da China.
Nas declarações tornadas públicas pela imprensa oficial chinesa, nenhum dos dirigentes fez referência aos protestos pró-democracia no mundo árabe, que já levaram à queda dos governos da Tunísia e do Egito.  A China tem um dos mais sofisticados mecanismos de controle das informações online e todos os sites que tiveram papel relevante na organização de manifestantes no Egito são bloqueados no país, incluindo Facebook, Twitter e YouTube.
Muitos chineses usam ferramentas para contornar a censura e ter acesso. Algumas dezenas de ativistas têm contas no Twitter, por exemplo, mas o número de internautas que consegue escalar a "Grande Muralha de Fogo", como é chamada a censura, é reduzido.
A apreensão dos líderes chineses aumentou no fim de semana, com a convocação anônima de um protesto inspirado nas manifestações dos países árabes. O apelo para uma "Revolução do Jasmim" chinesa teve pouca repercussão, tanto pela censura quanto pela ausência da mesma disposição de questionar o regime vista em países como Tunísia, Egito e Líbia. Leia o texto completo AQUI

MEU COMENTÁRIO: Se não fossem os países democráticos e industrializados do Ocidente que operam na China os chineses ainda estaríam vivendo como no tempo do boi e do arado e passando fome. 

sábado, fevereiro 12, 2011

OPOSIÇÃO NO IÊMEN TAMBÉM PROTESTA

Milhares de pessoas foram neste sábado às ruas da capital do Iêmen, Sanaa, exigindo que o presidente do país, Ali Abdullah Saleh, deixe o cargo, em mais um ato inspirado pela onda de protestos que derrubou o governo do Egito.
Os ativistas, que pediam uma revolução no país árabe, chegaram a entrar em confronto com um grupo favorável ao presidente, em frente à Universidade de Sanaa. Há relatos de que as forças de segurança também se envolveram no enfrentamento.
No último dia 2, Ali Abdullah Saleh --que está no poder do Iêmen unificado desde 1990-- afirmou que não irá tentar estender o seu mandato, que termina em 2013, em meio aos protestos pró-democracia no mundo árabe.
Mesmo assim, um dia depois, mais de 20 mil manifestantes foram às ruas de Sanaa pedindo a renúncia imediata do presidente.
Em janeiro, Saleh propôs uma emenda constitucional que permitiria sua reeleição no pleito previsto para 2013. Isto deu início a uma onda de manifestações, exigindo um governo mais democrático e reformas que melhorem a situação econômica do país.
O governo de Saleh enfrenta acusações de corrupção e de concentração de poder em torno de seu clã. O partido governista, o Congresso Geral do Povo, tem ampla maioria no Parlamento.
ALIADO OCIDENTAL
Ali Abdullah Saleh assumiu a Presidência da República Árabe do Iêmen (ou Iêmen do Norte) em 1978, por meio de um golpe militar. Em 1990, ele tornou-se presidente da nova república, criada a partir a fusão entre os Iêmens do Norte e do Sul.
Saleh colaborou com os Estados Unidos na chamada guerra ao terror, durante o mandato de George W. Bush. A grande presença de militantes da rede Al Qaeda, que ameaça frequentemente o regime, é uma das maiores preocupações do governo.
As duas eleições que Saleh venceu --em 1999 e 2006-- foram marcadas por acusações de fraude por parte da oposição. Do portal Folha.com

MEU COMENTÁRIO: Vamos aguardar para ver se esses protestos também ocorrerão no Irã, Coréia do Norte, Gaza, China, Cuba e por aí vai...

OPOSIÇÃO TAMBÉM PROTESTA NA ARGÉLIA

Dezenas de pessoas foram detidas neste sábado, 12, quando participavam da manifestação convocada em Argel contra o regime político do presidente Abdelaziz Bouteflika, informaram à Agência Efe fontes da mobilização civil. O porta-voz da legenda opositora Reunião pela Cultura e Democracia (RCD), Mohsen Belabes, disse à Agência Efe que o número de detidos poderia chegar a mil, mas militantes da Liga Argelina dos Direitos Humanos (LADDH) estimaram a quantidade em mais de 200.A manifestação originou uma grande expectativa no país, especialmente após a renúncia na sexta-feira do presidente egípcio Hosni Mubarak.
Cerca de 3 mil manifestantes permanecem aglomerados nas imediações da praça Primeiro de Maio, no centro de Argel, onde um forte cordão policial impediu os protestos previstos. A passeata estava marcada para ter início nesta manhã, mas a maioria dos manifestantes está bloqueada em uma rua adjacente, impedida pela tropa de choque da Polícia, que busca dispersá-los.
O presidente da LADDH, Mustapha Bouchachi, discursou aos manifestantes, pedindo-os que abandonem a manifestação para evitar confrontos, mas a maioria persiste em sua tentativa de protestar de forma pacífica para pedir mudanças no regime.
"Estamos fartos deste poder", gritavam os manifestantes, muitos deles jovens, de diversas classes sociais. Eles empunhavam cartazes com lemas como "abaixo o sistema" e "queremos um país administrado pelos jovens, e não pelos velhos".
São vários os policiais uniformizados e à paisana que se misturam ao grupo de manifestantes. Tal como Bouchachi declarou à Agência Efe, as forças de segurança "cortaram todos os acessos à capital e impediram a chegada de manifestantes de outras regiões à capital", enquanto o transporte público foi suspenso - não circulam ônibus nem trens."É aberrante que o regime argelino impeça a expressão pacífica dos cidadãos", destacou Bouchachi. 
A capital do país já amanheceu tomada por milhares de policiais, com centenas de furgões e veículos antidistúrbios estacionados em todos os lugares estratégicos do centro da capital e nos principais pontos do percurso da programado para a manifestação.
Caminhões equipados com canhões de água, tanques e agentes com metralhadoras nas mãos estão destacados em torno dos edifícios e sedes oficiais do centro de Argel, enquanto centenas de veículos policiais patrulham incessantemente as ruas da cidade. Além disso, vários helicópteros da Polícia sobrevoam o centro da cidade desde a manhã deste sábado.
Alguns veículos da imprensa argelina asseguram que as forças policiais foram proibidas de utilizar fogo real durante o protesto, embora tenham recebido instruções de evitar qualquer distúrbio.
Em 22 de janeiro foi organizada outra manifestação em Argel pelo partido opositor Reagrupamento Constitucional Democrático (RCD), cujo desenvolvimento foi impedido pela Polícia. Na ocasião, seus dirigentes denunciaram que fora impedido o acesso à capital de centenas de manifestantes procedentes da Cabília e de outras regiões. Do portal do Estadão

sábado, janeiro 08, 2011

ITALIANO QUE FICOU PARAPLÉGICO AOS 15 ANOS DE IDADE EM ATAQUE DO PAC À LOJA DO PAI COMANDA OS PROTESTOS CONTRA REFÚGIO DADO POR LULA

"Sou a prova viva que o sujeito é assassino", afirmou Torregiani
Alberto Torregiani tinha 15 anos quando o sonho de ser jogador de futebol acabou. Integrantes do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) invadiram a joalheria de seu pai em Milão e, sem dizerem uma palavra, fuzilaram o proprietário e deixaram o filho paraplégico. Nas décadas seguintes, Torregiane transformou em causa pessoal e política fazer com que o mandante do crime, o terrorista Cesare Battisti, fosse punido conforme as leis italianas.
A decisão de não extraditar Battisti, tomada pelo ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva no apagar das luzes do seu governo, deixou Torregiani indignado. Na noite de segunda-feira, ele falou com exclusividade ao site de VEJA, poucas horas antes de se encontrar com o premiê italiano Silvio Berlusconi e de comandar protestos contra a decisão brasileira em 20 cidades de seu país. “Lula gosta de dizer que lutou pela democracia do Brasil", diz ele. "É de se esperar que uma pessoa que diga isso tenha humanidade e respeito pela civilização. Eu sou a prova viva de que Battisti é um assassino.”
Torregiani previu que, no encontro com ele, Berlusconi adotaria um discurso contemporizador - como de fato aconteceu na tarde desta terça-feira. Mas diz não desiste de fazer justiça. “Não seremos fracos", disse ele.
Leia a entrevista na íntegra:

Como foram organizadas as manifestações desta terça-feira?

Por conta própria, pessoas de diversas cidades me procuraram perguntando o que podiam fazer para colaborar. As manifestações nessas 20 cidades são para demonstrar que não é uma questão particular, mas uma coisa muito, muito séria. Que sirva também para que, no futuro, se o Brasil pensar em agir assim novamente, esteja muito atento. Não está certo desrespeitar a Justiça de um país. E não ficaremos calados, não aceitamos essa condição. Também não iremos parar por aqui. Outras manifestações virão, esta é só o começo.

O que o senhor achou da decisão do ex-presidente Lula?
É incompreensível. Tudo se baseia em uma teimosia, porque ele mesmo e todo o seu governo sabem que o que fizeram está errado. Sabem que temos razão, que Battisti é um criminoso. Concederam refúgio a um assassino. Essa pessoa matou duas pessoas, ordenou a morte de outras duas, destruiu famílias. São muitas coisas. Não consigo entender, não posso aceitar que o governo de vocês diga não a algo que diz respeito ao nosso país e à nossa Justiça. Lula gosta de dizer que lutou pela democracia do Brasil. É de se esperar que uma pessoa que diga isso tenha humanidade e respeito pela civilização, o que não aconteceu.

O senhor defende retaliações da Itália ao Brasil?
Acredito que a intenção da Itália não é atacar ninguém, nem retaliar ninguém. Nosso governo respeita as leis internacionais, e se precisamos esperar uma resposta, esperaremos. Mas não é só o governo que está se mexendo, ele não agirá sozinho. Toda a população italiana está reunida em manifestações que começam nesta terça-feira. Não há ninguém na Itália que esteja de acordo com essa decisão. Não estamos inventando uma situação. Trabalho há anos por uma justiça não apenas pessoal - de quem perdeu o pai, teve a família destruída e ficou preso a uma cadeira de rodas - , mas também pela justiça aos cidadãos italianos. Eu sou uma prova viva de que Battisti é um assassino.
O senhor acredita que a presidente Dilma possa reverter a decisão? Esse é o primeiro problema institucional de Dilma e desse fato pode depender como serão as relações de seu governo com a Itália. Lula foi comemorar seu ano novo e deixou esse problema para quem ficou. Não é apenas a Itália que está vendo como o Brasil se comporta. Os olhos do mundo estão voltados para o país.
Pode contar como foi o dia 16 de fevereiro de 1979? Um mês antes, meu pai estava em um restaurante quando ladrões deste grupo assaltaram o lugar. Foram até meu pai, que estava com seu material de trabalho. Ele se defendeu. Dias depois, um jornalista escreveu “Píer Luigi Torregiani, xerife de Milão”, e os terroristas sentenciaram meu pai à morte. Passaram as semanas seguintes telefonando todos os dias para o meu pai dizendo que o matariam. Naquela tarde fazíamos o que se fazia em todas as outras. Abrimos a joalheria e, quando meu pai estava na frente da janela, alguém o chamou pelo nome. Meu pai respondeu. Atiraram. Meu pai reagiu atirando, instintivamente. Eu estava no meio dos disparos, fui atingido nas costas. Meu pai morreu. Não houve diálogo. Não há diálogo. Aquela gente não conversa. Acham que você deve ser eliminado, e te eliminam. Do portal da revista Veja

sábado, janeiro 01, 2011

BOLÍVIA: MORALES REVOGA 'GASOLINAZO'

O presidente da Bolívia, Evo Morales, anulou na noite desta sexta-feira (31) o decreto que aumentava o preço dos principais combustíveis em até 82%, após a onda de protestos que o país andino viveu nos últimas dias.

Havia ainda a ameaça de novas manifestações na próxima segunda-feira.

Em mensagem transmitida pouco antes da meia-noite, Morales disse que decidiu tornar a norma sem efeito, após reuniões nos últimos dias com sindicatos e organizações indígenas que manifestaram que o aumento no preço dos combustíveis era "inoportuno".

"Isto quer dizer que todas as medidas ficam sem efeito. Não existe nenhuma justificativa agora para subir as passagens (de ônibus), para aumentar o preço dos alimentos, nem para a especulação. Tudo volta à situação anterior", sustentou.

Morales transmitiu a mensagem acompanhado do seu vice-presidente, Álvaro García Linera, e do chanceler do país, David Choquehuanca, após ter se reunido nesta sexta durante várias horas com suas bases sociais na região de Chapare e com seus ministros em Palacio.

O líder boliviano foi criticado nesta semana pelos sindicatos e movimentos sociais que o acusaram de tomar medidas "neoliberais" e chegaram a pedir a sua renúncia durante as manifestações.

As mobilizações mais violentas aconteceram na quinta, principalmente na cidade de El Alto, próxima a La Paz, onde até então Morales encontrara uma aliada incondicional.

Novos protestos estavam agendados para segunda-feira, entre eles uma passeata de milhares de mineiros desde o planalto até La Paz, além de uma greve em empresas do setor e um bloqueio camponês em estradas. Do portal da Folha.com

sexta-feira, dezembro 31, 2010

MORALES DECRETA MEGA AUMENTO DOS COMBUSTÍVEIS E BOLIVIANOS PROTESTAM CHAMANDO-O DE TRAIDOR. CLIMA É TENSO.

Povo acusa Morales de traidor e é duramente reprimido
Um grupo de manifestantes que tentava chegar ao Palácio Presidencial de La Paz foi reprimido pela polícia de choque, que dispersou o protesto com bombas de gás lacrimogêneo, em meio à indignação popular com a alta de até 83% nos preços dos combustíveis.

O protesto, liderado pelo Movimento Sem Medo (MSM), do ex-prefeito de La Paz Juan del Granado, exigia do presidente Evo Morales a realização de um referendo sobre o reajuste dos preços dos combustíveis. Diante da repressão policial, o grupo desistiu de chegar à Praça das Armas, onde estão as sedes dos poderes Executivo e Legislativo.

Outro protesto, a cerca de 50 metros da manifestação do MSM, reuniu universitários que queimaram pneus próximo a uma delegacia policial. As duas manifestações também exigiam a renúncia de Morales, que deflagrou uma crise na Bolívia após o fim dos subsídios aos combustíveis, para evitar o contrabando aos países vizinhos. 

Serviço de padeiro
O presidente Evo Morales pediu nesta quinta-feira (30) aos militares que ajudem a paliar os efeitos da greve na Bolívia fazendo diversos serviços, de padeiro, motorista e até piloto de aviação comercial.


O ministro da Defesa, Rubén Saavedra, anunciou que homens das Forças Armadas farão e venderão pães ao "preço antigo" a partir da tarde desta quinta-feira (30), após o sindicato dos padeiros anunciar uma paralisação de 24 horas contra a alta de 83% no preço da gasolina.

Morales lembrou em entrevista coletiva que já foi padeiro quando jovem e disse que a alta nos preços do pão não tem justificativa porque as tarifas do gás e da eletricidade estão congeladas. 

Os padeiros planejam elevar o preço do pão em até 100%, alegando alta no custo da produção. Além de fazer o pão, os militares bolivianos também guiarão ônibus e caminhões para atenuar o aumento unilateral de 100% nos preços das passagens de taxis e micro-ônibus que ignoram a greve nos transportes. A Força Aérea Boliviana está realizando voos comerciais na rota La Paz-Cochabamba-Santa Cruz ao preço simbólico de 150 bolivianos (US$ 20). Texto e fotos do portal G1

segunda-feira, setembro 27, 2010

ENTIDADES PROTESTAM CONTRA CENSURA DO PT

Entidades representativas como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) protestaram ontem contra o novo episódio de censura determinado pela Justiça, desta vez no Tocantins.

"A liberdade de imprensa é um valor da sociedade, um bem jurídico, preceito constitucional de proteção ao Direito e à cidadania", disse ao Estado o presidente da OAB, Ophir Cavalcante. "Quando se proíbe a divulgação de informações baseadas em fatos, está se ferindo o preceito constitucional de garantias ao Estado de Direito. É preciso repudiar essas atitudes."

Ophir se referiu à decisão do desembargador Liberato Póvoa, do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins, que decretou a censura ao Estado e a outros 83 veículos de comunicação. Jornais, emissoras de rádio e televisão e sites de internet foram proibidos de publicar informações a respeito da investigação que aponta o governador do Tocantins, Carlos Gaguim (PMDB), e o procurador-geral do Estado, Haroldo Rastoldo, como integrantes de suposta organização criminosa para fraude em licitações públicas.

Direito dos cidadãos. A ANJ divulgou nota oficial para protestar contra a medida determinada pelo desembargador. "A Associação Nacional de Jornais lamenta e condena a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins de proibir a divulgação - ‘de qualquer forma, direta ou indireta’ - de informações relativas ao governador do Estado e candidato à reeleição, Carlos Gaguim, ou a qualquer integrante de sua equipe de governo, em investigação feita pelo Ministério Público do Estado de São Paulo", afirma o texto.

Para a entidade, a proibição de publicação de notícias "é uma afronta à Constituição brasileira, que veda qualquer tipo de censura prévia". "A censura fere o direito dos cidadãos de serem livremente informados, especialmente nesse período que antecede as eleições. A ANJ espera que a própria Justiça revogue a proibição, em respeito aos princípios democráticos da Constituição."

Primeira instância. Luís Roberto Antonik, diretor-geral da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), afirmou que a medida restritiva "fere frontalmente a Constituição". "Vemos essas decisões da Justiça de primeira instância com extrema preocupação", afirmou. "É um assunto de muita relevância, e a mídia fica impedida de divulgar até derrubar o veto em uma instância superior. Nesse processo, muitas vezes se perde o momento em que a divulgação da informação é mais importante. É uma mordaça."

Para Cláudio Weber Abramo, diretor executivo da Transparência Brasil, organização não-governamental que promove o combate à corrupção, o TRE do Tocantins está agindo "de acordo com os interesses" do governador e candidato à reeleição Carlos Gaguim. "É evidente que a decisão foi tomada para beneficiar o governador", afirmou. "Espero que a própria Justiça reverta a decisão."

O juiz Marlon Reis, um dos coordenadores do Movimento de Combate à Corrupção, afirmou que ainda há no Judiciário a "falsa noção" de que o segredo de Justiça, imposto às autoridades relacionadas a investigações e julgamentos, também se aplica aos órgãos de comunicação. "Apenas os órgãos públicos estão sujeitos a essa norma", destacou.

Reis observou que as medidas de censura costumam ocorrer na primeira instância da Justiça. Para ele, novos episódios poderiam ser evitados se houvesse uma súmula vinculante - espécie de orientação geral para todo o Judiciário - sobre esse tema. "O Supremo Tribunal Federal já tem uma posição muito clara sobre a questão." Do portal do Estadão

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